Nomadismo
Sem tempo e sem lugar,
a experiência e a consciência
de atividades cotidianas
em permanente movimento
1. Mundo Polivalente,
Multifuncional e Pluridimensional
Observa-se hoje em dia, como fenômeno social emergente nas sociedades contemporâneas, aqui e agora, em áreas locais, regionais e globais, a presença de um novo comportamento vivencial, experiencial e existencial, temporal e histórico, real e atual, ao qual denominamos de Nomadismo, em que o homem e a mulher, na moderna era científica e tecnológica, crítica e dialética, informática e insofismática, dentro de sua experiência real cotidiana, age, vive, atua, trabalha e se movimenta constantemente, ultrapassando mesmo o tempo necessário para realizar suas atividades ao mesmo tempo em que ignora a fixação de lugares e a imobilidade de endereços fixos, então pensando idéias e ideais realistas, sentindo sentimentos sérios, autênticos e verdadeiros, comportando-se rapida e velozmente, otimista e positivamente, com bom alto-astral e auto-estima elevada, favorecendo diferentes tendências, abrindo-se a novas possibilidades, renovando-se interior e exteriormente, libertando-se de preconceitos e superstições, progredindo material e espiritualmente, evoluindo mental e fisicamente, crescendo economica e financeiramente emergindo social e coletivamente, emancipando-sepoliticamente, desenvolvendo-se natural, cultural e ambientalmente, superando limites, ultrapassando barreiras e transcendendo obstáculos, criando novas amizades, apaixonando-se por novos amores, crendo mais em Deus, confiando mais em si próprio, acreditando nas boas coisas da vida, na vitória do bem sobre o mal, da paz sobre a violência, da luz sobre as trevas, do amor sobre o ódio, da vida sobre a morte, abraçando pois a cultura do bem e da paz, e a mentalidade baseada na fraternidade, na solidariedade e na generosidade, agindo com mais juizo e bom-senso, buscando mais a sua saúde pessoal e o bem-estar dos outros, desejando mais a sua liberdade e a felicidade alheia, respeitando para ser respeitado, assumindo um compromisso responsável com sua ética comportamental, com sua espiritualidade natural, com sua nova mentalidade cultural cujos valores, normas e princípios fundamentam-se na prática da ordem e da justiça, do direito e da verdade.
Tudo isso, enfim, aponta para o Fundamento de todos os fundamentos, Ele, Deus e Senhor, o Criador, o Autor da Vida.
De fato, atualmente temos uma nova visão de Deus, um novo olhar sobre o homem e a mulher, uma nova interpretação da realidade.
Todo esse complexo humano, natural e cultural de limites, tendências e possibilidades caracterizam o Nomadismo, a nova humanidade dos tempos de hoje.
2. Nepotismo não
Nomadismo sim
A Prática do Nepotismo no Brasil, principalmente em instituições sociais e repartições públicas, no contexto interno dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, em seus quadros de funcionários, diretores, secretários e ministros, em sua hierarquia de forças, cargos e funções, em suas relações de poder, vida e trabalho, em suas mentalidades diversas e culturas diferentes, tem sido, de fato, uma experiência altamente questionada pela Imprensa Brasileira, pela sociedade organizada, pelos críticos do sistema político e administrativo nacionais, posta em dúvida muitas vezes, com repercussões de incerteza, cetismo, descrença, descrédito e desconfiança entre os mais interessados pelo problema, criticada duramente de vez em quando, enfim, uma realidade atual brasileira colocada na berlinda das interrogações críticas e dialéticas do povo brasileiro.
Ao contrário disso, por outro lado, cresce no meio de nós outra, aparentemente boa, nova em vários aspectos e diferente em sua abordagem e filosofia de vida, experiência real e atual cotidiana, humana, natural e cultural, o chamado Nomadismo.
Com efeito, a Vida é Processo, estamos sempre em movimento, transportando-nos a nós mesmos por diversos lugares, momentos e ambientes, em permanente mudança de idéias, valores e vivências, hábitos e atitudes, em contínua mobilidade diária, locomovendo-nos constantemente, movidos sim realmente pelos nossos desejos humanos e por nossas necessidades naturais, constituidos por nossa herança genética, por nossa biologia de vida, por nossa psicologia mental, emocional e temperamental, por nosso clima social e ambiente cultural, político e econômico bastante plurais e distribuidos em seus contextos internos e externos.
Tendo em vista essas 2 realidades brasileiras, suas experiências de sucesso e insucesso, suas práticas de prosperidade e de descrédito – o Nomadismo e o Nepotismo – cremos, de fato, ser possível optar pelo Movimento Nômade e ao mesmo tempo desprezar, rejeitar e excluir o Processo Nepótico. Para isso, urge propiciar ao serviço público, em seus âmbitos federais, estaduais e municipais, uma nova e diferente mentalidade organizacional, política e administrativa, que ordene suas práticas de gestão e de relações humanas, e discipline positivamente suas experiências de mudança, de renovação do quadro de seus funcionários, trabalhadores, especialistas e profissionais dessas áreas, de restauração de seus cargos e funções, de recuperação do tempo perdido com operações burguesas e burocráticas, de resgate da auto-estima e do alto astral, do otimismo existencial e do positivismo espiritual, de regeneração de antigas posturas administrativas, de tradicionais experiências que até hoje deram certo, de paradigmas de gerência institucional antes discutidos e postos em crise de valores e de interesses e atualmente vistos com carinho e simpatia, o que resulta no bom relacionamento entre as pessoas, na qualidade de vida de grupos e indivíduos, na excelência do exercício de suas vocações e profissões, na perfeição de relações de autoridade e confiança entre os componentes do Poder Público.
Deste modo, observa-se que o Nomadismo é uma opção possível, uma alternativa viável e uma oportunidade para novos negócios e diferentes transações políticas e econômicas, sociais e culturais, ambientais e administrativas, proporcionando pois a todos e cada um dos envolvidos nesse sistema global e diferencial, nesse processo de mudanças automáticas, nesse movimento constante de abertura, de renovação e de libertação, um verdadeiro estado de bondade e concórdia, de bem com a vida, de paz pessoal e social, de amor mútuo e recíproca interação de comportamentos bem intencionados, de compartilhamento de desejos e sentimentos saudáveis, amigáveis e agradáveis, de integração das boas consciências e das boas experiências éticas e espirituais.
Logo, o Nomadismo é a verdadeira solução de nossos problemas.
Uma grande resposta às nossas perguntas permanentes.
Quem sabe a cura de nossas moléstias.
Talvez o ótimo remédio para as nossas dores doentias.
Possivelmente, o alívio certo para os nossos sofrimentos psicológicos, sociais e espirituais.
Certamente, uma bênção de Deus para nós.
Sim, realmente, somos eternos nômades.
3. A Vida é Processo
Movimente-se
Caminhe sempre
Somos eternos nômades
A Vida é andar.
Existir é caminhar.
O Movimento é o sentido da vida.
Somos eternas locomotivas.
Por sermos nômades em essência estamos sempre em mudança permanente, movimentando-nos constantemente, processando a vida a partir de nossos trabalhos e atividades cotidianas cujos fundamentos são os nossos desejos humanos e as nossas necessidades naturais.
Sim, realmente, desde o princípio de nossas história temporal, humana e natural somos movidos por nossos desejos e necessidades.
São eles o motor da história que produz o movimento da vida, desenvolve a criação, a natureza e o universo, distribui os fatos reais e os acontecimentos atuais pelo nosso dia a dia, possibilita a boa consciência e as boas experiências com suas boas intenções e interesses, determina a ordem da sociedade, a racionalidade de grupos e indivíduos e a organização global e diferencial da humanidade.
Desejos e necessidades são o motor gerador da vida.
Geram boas idéias e bons conhecimentos, o verdadeiro discernimento espiritual, os bons sentimentos e os bons comportamentos, o que resulta em saúde pessoal e bem-estar coletivo para toda a humanidade, propiciando-lhe progresso material e espiritual, e evolução física e mental.
De fato, a vida humana naturalmente é constituida de bondade e concórdia, e por isso no seu presente e no seu futuro tende sempre a estar de bem e em paz com todos e cada um construindo em torno de si a amizade e a generosidade, a fraternidade e a solidariedade.
Deus quis assim.
4. O Movimento da Vida
Desde as suas origens mais distantes, em todos os tempos e lugares, a história da humanidade tem sido produzida pelos desejos humanos e por suas necessidades naturais. Desde os seus princípios mais remotos, em todos os tempos e lugares, a vida da humanidade tem sido produzida pelo trabalho humano, que, por sua vez, tem sua origem no movimento perene realizado pelos desejos e necessidades do homem e da mulher dentro e fora do tempo histórico presente. Desde os seus inícios mais preliminares, em todos os tempos e lugares, a atividade humana tem sido produzida pelo processo de interação dos desejos e necessidades do homem e da mulher no interior e exterior da sociedade atual. São desejos humanos: a) o desejo de amar b) o desejo de viver c) o desejo de criar d) o desejo de conhecer e) o desejo da verdade f) o desejo de ser livre g) o desejo de ser feliz h)o desejo de ser eterno i) o desejo de Deus, o Senhor j) o desejo do silêncio k) o desejo de pensar l) o desejo do novo, da novidade. São necessidades naturais: a) comer(se alimentar) b) beber (água) c) vestir-se (roupas e sapatos) d) higiene (tomar banho e escovar os dentes) e) casa pra morar f) cama pra dormir g) trabalhar(ganhar o pão de cada dia) h) estudar(adquirir novos conhecimentos) i) família(segurança e realização pessoal) j) religião (comunicar-se e interagir com Deus, o Senhor) k) transporte (locomover-se, fazer movimento) l) saúde (médico e hospital) m) educação (escola, faculdade, universidade) n) água, luz, gás,telefone, esgoto sanitário, rádio, televisão, computador, internet, informática o) sexo p) dinheiro (capital) q) política r) segurança pessoal e social.
5. A Tartaruga de Deus
Assim como a tartaruga mergulha no mar e volta à terra, constantemente, também nós, homens e mulheres, devemos mergulhar na eternidade de Deus, o Senhor, e voltar ao convívio da sociedade humana, permanentemente, a fim de que, como a tartaruga, que vive muitos anos, possamos igualmente viver bem a nossa vida. Assim como a tartaruga anda devagar, em silêncio e com paciência, também nós seres humanos devemos, nesta vida e além, caminhar devagar, pacientemente, cultivando o silêncio interior e exterior, a fim de que sejamos livres e felizes eternamente. Assim como a tartaruga vive em harmonia com a natureza, nós também devemos viver em harmonia com a natureza, a natureza ecológica e ambiental, a natureza social, política e econômica, e com suas formas culturais. Deste modo, vivendo assim, o bem e a paz habitarão eternamente a nossa vida cotidiana.
6. A Liberdade e suas
condições de possibilidade
A liberdade humana não é “livre”. Ela é limitada, dependente, definida, determinada, condicionada por fatores internos e externos: os desejos humanos e as necessidades naturais.
Logo, o homem e a mulher apenas são livres quando estão numa relação de dependência com o meio-ambiente natural e cultural, vivendo uma situação política, econômica e social, interdependente, inter-relacional, inter-condicional, inter-situacional e inter-circunstancial.
Desejos e necessidades afetam e influenciam a liberdade humana.
Verdadeiramente, o ser humano só é livre quando dependente. Ele não é independente. Ele precisa dos outros. Ele tem desejos e necessidades. Ele sofre condicionamentos internos e externos. Ele não é livre.
Liberdade humana é sinal de dependência.
Dependemos uns dos outros.
Dependemos sobretudo de Deus, o Senhor.
O desejo humano e suas manifestações naturais - 1) O desejo de amar - 2) O desejo de viver - 3) O desejo de criar - 4) O desejo de pensar - 5) O desejo de conhecer - 6) O desejo da verdade ou de ser verdadeiro - 7) O desejo da liberdade ou de ser livre - 8) O desejo da felicidade ou de ser feliz - 9) O desejo da eternidade ou de ser eterno - 10) O desejo do silêncio - 11) O desejo da solidão - 12) O desejo do social - 13) O desejo de se comunicar - 14) O desejo de se movimentar - 15)O desejo de repousar - 16) O desejo de Deus, o Senhor.
A necessidade humana e seus fenômenos naturais - a) Comer (se alimentar) - b) Beber (água) - c) Vestir-se (roupas e sapatos) - d) Higiene (tomar banho e lavar os dentes) - e) dormir (descansar) - f) trabalhar - g) dinheiro - h) sexo - i) política (buscar o bem de todos e de cada um) - j) transporte (locomover-se) - k) saúde (médico e hospital) - l) educação (escola, faculdade, universidade) - m) família (segurança, respeito, responsabilidade) - n) igreja, religião (conversar com Deus) - o) comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão, computador, internet, informática) - p) informação - q) movimento (fazer caminhadas) - r) silêncio - s) paciência - t) auto-estima, paz interior, bem-estar.
7. Desejos e Necessidades
O desejo humano e suas manifestações naturais - 1) O desejo de amar - 2) O desejo de viver - 3) O desejo de criar - 4) O desejo de pensar - 5) O desejo de conhecer - 6) O desejo da verdade ou de ser verdadeiro - 7) O desejo da liberdade ou de ser livre - 8) O desejo da felicidade ou de ser feliz - 9) O desejo da eternidade ou de ser eterno - 10) O desejo do silêncio - 11) O desejo da solidão - 12) O desejo do social - 13) O desejo de se comunicar - 14) O desejo de se movimentar - 15)O desejo de repousar - 16) O desejo de Deus, o Senhor.
A necessidade humana e seus fenômenos naturais - a) Comer (se alimentar) - b) Beber (água) - c) Vestir-se (roupas e sapatos) - d) Higiene (tomar banho e lavar os dentes) - e) dormir (descansar) - f) trabalhar - g) dinheiro - h) sexo - i) política (buscar o bem de todos e de cada um) - j) transporte (locomover-se) - k) saúde (médico e hospital) - l) educação (escola, faculdade, universidade) - m) família (segurança, respeito, responsabilidade) - n) igreja, religião (conversar com Deus) - o) comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão, computador, internet, informática) - p) informação - q) movimento (fazer caminhadas) - r) silêncio - s) paciência - t) auto-estima, paz interior, bem-estar.
8. Fundamentos do Movimento
Desejos e Necessidades
Desejos humanos e Necessidades naturais
l) O Movimento temporal e histórico
2) O Trabalho criador
3) O Dinheiro necessário
4) A Política do Bem-estar
5) Sexo livre e feliz
6) Família: Segurança e estabilidade
7) Escola: a verdade como conhecimento fundamental
8) A Sociedade do bem e da paz
9) Eternidade humana e divina
Introdução
O Objetivo deste trabalho de pesquisa é apresentar a todos os leitores uma nova visão-da-realidade, baseada em uma filosofia de vida, onde os desejos e necessidades humanas e naturais são a razão de ser e o sentido da vida cotidiana das pessoas que vivem e convivem em sociedade. Em função destes desejos e necessidades, realiza-se a vida diária, determinando assim a política, a economia, a cultura e a sociedade, dentro da qual estamos inseridos neste mundo em que vivemos.
Oxalá tal visão-de-mundo contribua eficazmente para a ordem, o progresso, a felicidade e o bem-estar individual e coletivo de toda a humanidade.
Este é o nosso desejo.
E que Deus seja glorificado.
São desejos humanos:
a) o desejo de amar
b) o desejo de viver
c) o desejo de criar
d) o desejo de conhecer
e) o desejo da verdade
f) o desejo de ser livre
g) o desejo de ser feliz
h) o desejo de ser eterno
i) o desejo de Deus
j) o desejo do silêncio
k) o desejo de pensar
l) o desejo de gostar
m) o desejo de brincar
n) o desejo de se comunicar
São necessidades naturaus:
a) alimentar-se (comer e beber)
b) vestir-se (roupas e sapatos)
c) higiene (tomar banho e escovar os dentes)
d) morar (casa, apartamento)
e) família (segurança de vida)
f) estudar (escola, faculdade, universidade)
g) trabalhar (lutar pelo pão de cada dia e realizar-se vocacional e profissionalmente)
h) namorar(sexo, casamento, família)
i) rezar (conversar com o Autor da Vida)
j) comunicar-se (viver em sociedade)
k) transporte (movimentar-se)
l) meios de comunicação social: rádio, televisão,computador(internet,informática),
telefone celular
9. A Era do Movimento
A Mecânica da Vida e seus Motores de desenvolvimento
Atualmente vivemos aqui e agora o tempo da mudança, o momento da mobilidade, a situação de contínuo processo, as circunstâncias nômades da dinâmica da vida, seu estado permanente de atividade, de trabalho constante, de exercícios mentais, físicos e espirituais, em crescente diversidade de desenvolvimento cujos motores processadores de tais operações móveis são os desejos, os sonhos, os anseios, a vontade, a esperança, a necessidade de evoluir materialmente e progredir espiritualmente.
Tal é a realidade presente da existência humana, naturalmente constituida e culturalmente desenvolvida.
Essa a Mecânica da Vida.
Constatamos hoje no meio de nós o progresso científico e tecnológico, o crescimento financeiro e econômico da sociedade, sua emergência social, cultural e ambiental, sua emancipação ética e política, seu processo permanente de aculturação, intercâmbio de idéias e conhecimentos, interação de símbolos, valores e imagens, compartilhamento de ações e intenções, de interesses e experiências, de teorias e práticas, de consciências múltiplas e realidades diversas, de línguas variadas e linguagens diferentes, tudo e todos, enfim, provocando a velocidade do progresso e a aceleração do desenvolvimento, o que resulta de fato em saúde humana e bem-estar social, político e econômico, compromisso responsável com a cultura do bem e da paz e com uma mentalidade sem maldade e sem violência, ao mesmo tempo fraterna e solidária, amiga e generosa, de bem com a vida e em paz com sua consciência, positiva e otimista, de alto astral e auto-estima elevada.
Sim, realmente, somos eternos nômades.
Caminhamos crescendo, progredindo e evoluindo.
Andamos para frente e para cima, subindo os degraus móveis das escadarias do desenvolvimento, a partir de seus motores vitais que são os desejos humanos e suas necessidades naturais.
Portanto, mexa-se.
Não fique parado.
Acompanhe o ritmo da vida e da sociedade.
Trabalhe sem cessar.
Ocupe-se sempre que possível.
Mas repouse sempre que necessário.
Que Deus nos ajude.
10. Tempo de Mudança
Atualmente vivemos um tempo de mudanças permanentes seja na área política, social e econômica seja no campo da ciência e da tecnologia, em ambientes naturais e ecológicos, nos discursos morais, culturais e religiosos, transformando-se a realidade e a racionalidade, a consciência e a experiência, e seus produtos reais e atuais, temporais e históricos, locais, regionais e globais.
Estamos na Era da Novidade, no Tempo do Movimento, no Momento das Mudanças Permanentes.
Modificam-se nossos relacionamentos humanos, nossas condições, relações e situações de vida e trabalho, saúde e educação, nossas atitudes perante a realidade que nos cerca, nossos pensamentos circunstanciais, nossos sentimentos cordiais e nossos comportamentos baseados em uma certa ética de vida.
Transformam-se o homem e a mulher e suas visões de sociedade, seus pontos de vista sobre a realidade, sua interpretação dos fatos e dos acontecimentos.
Estamos em um contínuo processo de conscientização da realidade.
Alteram-se nossa consciência dos problemas, nosso olhar outro, novo e diferente sobre os seres e as coisas, nosso contato entre sujeito e objeto, nossas essências espirituais e nossas aparências existenciais, nosso cotidiano cheio de novas perspectivas, alternativas, oportunidades e possibilidades, nossos desejos humanos e necessidades naturais, nossos anseios, sonhos e esperanças, nossos projetos de vida e nossas realizações culturais.
Tudo se transforma.
Todos se modificam.
É a Era da Mudança.
Que essas mudanças permanentes ocorram para melhor, para o bem e a paz da sociedade.
Que suas transformações sejam fruto da bondade e da concórdia.
Que suas novidades melhorem a vida da humanidade.
Que Deus nos ajude e abençôe durante essas mudanças. Mudemos para melhor.
11. A essência é andar
O que mais tem caracterizado a natureza humana e seu mundo de alternativas, boas tendências e grandes possibilidades, é o fato de sempre estamos mobilizados socialmente, dinâmicos na política e na produção cultural, em movimento físico e mental, material e espiritual, mudando de antigas teorias para novas eras, de tradições ultrapassadas para novidades permanentes, realizando metamorfoses na saúde mental e bem-estar social e coletivo, enfim através da mobilidade urbana e rural constante temos construido uma sociedade alternativa, aberta e renovada, liberta de preconceitos e superstições religiosas, uma realidade de potencialidades múltiplas, plurais e diversas, e polivalentes, crescido com hábitos equilibrados e costumes sensatos, desenvolvido nossa capacidade intelectiva e motora, evoluido na consciência positiva e progredido na busca pela superação de problemas e dificuldades que nos incomodam no dia a dia e atrapalham a nossa jornada por melhores dias, noites e madrugadas para todos e cada um dos envolvidos na luta por mais qualidade de vida, riqueza de conteúdo cultural e excelência de virtudes, atitudes e atividades éticas e espirituais, o que vem tornando nossa humanidade cada vez mais e melhor comprometida responsavelmente com o direito e o respeito entre as pessoas, a bondade e a concórdia e a convergência de pontosde vista e visões da realidade outras, novas e diferentes, a liberdade dos indivíduos e sua consciência à procura da felicidade, a justiça social e a solidariedade entre grupos e pessoas, a fraternidade universal e o bem-comum das sociedades, oferecendo assim a todos a chance de subir na vida e de um bom negócio, a oportunidade de abraçar um bom emprego e laços construtivos e otimistas de família e trabalho, vivendo com dignidade e qualidade dentro e forade casa, na rua ou não, sempre identificando o bem que sefaz e a paz que nos une com a tentativa de construção da ordem social, da disciplina moral e da organização de idéias e conhecimentos, sentimentos e experiências que nos fazem felizes de verdade nesta vida e além. Esse estado de movimento possibilitatudo isso inclusive nossa ação globalizadora, os intercâmbios públicos e privados, a interatividade humana e natural e o compartilhamento de culturas e mentalidades variadas até diversas e adversas, diferentes e contrárias. Fomos feitos para andar. Ainda mais hoje.
12. Vamos nos mobilizar
O Movimento de mudança para melhor parece ser uma realidade constante em nossa vida de todo dia, noite e madrugada, mexendo com nossas estruturas orgânicas e funcionais, ativando a nossa consciência positiva, melhorando nossos relacionamentos com vizinhos e amigos, parentes e familiares, qualificando nosso estar-no-mundo, definindo nossas ações fraternas e solidárias e determinando nossa justiça social e equilíbrio interno, nossa paz interior e saúde social, o bem-comum de nossas sociedades e o bem-estar físico e mental, material e espiritual que interfere em nossas relações e condições humanas e naturais, direcionando nossos caminhos e orientando-nos para uma vivência de qualidade sustentável, pois abraçamos então valores éticos e princípios espirituais que nos apontam o melhor caminho da liberdade, base da vedadeira felicidade. Esse encontro com nossa liberdade, realmente, nos faz bem, enriquece nosso corpo e alma e torna excelente nosso convívio familiar e social. Nascemos para mudarmos sempre para melhor. A Mobilidade nos caracteriza. Somos móveis. Assim evoluimos. Progredimos socialmente. Crescemos interiormente. E nos desenvolvemos com estabilidade, qualidadee sustentabilidade. Nossos motores estão sempre ligados para fazermosas mudanças necessárias que qualificam a nossa vida de cada instante e de todo momento. Somos uma máquina que não pode parar.
13. Perambulando...
O Mundo moderno tem como uma de suas características principais a vida nômade, o anseio pela mudança e o princípio de sempre procurar mobilizar-se, fazer do movimento no campo e na cidade uma das bases do progresso material e espiritual, a essência da globalização e a insistência de uma existência metamórfica, pois hoje se busca a transformação para melhor da sociedade em geral, da política interpartidária, da economia e das finanças, da cultura e seu repertório de idéias, pontos de vista diferentes e até contrários e conhecimentos fundamentados com a qualidade da ciência e da tecnologia, com a excelência das virtudes éticas e espirituais, condições necessárias para uma saúde quase perfeita e um bem-estar de qualidade sustentável, tranquila e segura. Sim, a dinâmica da mobilidade torna a vida melhor de ser vivida, melhorando o quadro de saúde física e mental das pessoas, ainda que o repouso seja imprescindível, o sono a fonte de renovação orgânica e fisiológica, o que faz a consciência descansar nos compromissos cumpridos e assumidos com respeito e responsabilidade. Isso tudo caracteriza o nosso perambular nesse mundo de mudanças rápidas e velozes, de transformações transitórias e de metamorfoses polivalentes. Tal movimento globalizado e globalizador de nossa vida e realidade cotidianas é uma propriedade da comunidade humana em seu caminho de evolução da consciência e de sua liberdade cheia de alternativas multifuncionais, de possibilidades diversas e até adversas e de potencialidades construtoras de um universo novo, o novo é justamente a presença constante da novidade. Caminhando, procuramos o novo. Nossa mobilização está sempre à procura da novidade. Somos substancialmente novos.
14. Em busca da Novidade
As Diferenças nos movem. E elas são a essência do novo, razão de nosso processo de busca por uma vida melhor, de mais saúde social e coletiva e bem-estar individual e interpessoal, motivo de nosso caminhar à procura do progresso material e espiritual, do desenvolvimento de nossa criatividade, talentos e carismas, dons e aptidões, causa de nossa evolução mental e crescimento em todas as direções do conhecimento e do trabalho, da ética e da espiritualidade. Sim, o novo nos empurra para a frente e para o alto. Com ele, por ele e para ele, avançamos socialmente, construimos atividades de bondade e fraternidade, geramos atitudes de solidariedade, cooperação mútua e colaboração recíproca, nos tornamos mais humanos e aumentamos nossa dignidade e luta por direitos civis e cumprimento de nossos deveres e obrigações, compromissos e responsabilidades em sociedade. Vivemos em busca da novidade. O novo nos faz bem. Com ele, temos saúde e bem-estar generalizado. Por ele, batalhamos por um mundo maior e melhor. Para ele, caminhamos, nos movimentamos produzindo o bem e o que é bom para nós. Sem ele, não tem sentido o nosso caminhar nem razão de ser a nossa estrada de vida. Precisamos do novo. Ele é o motor do desenvolvimento. A nossa felicidade temporal e eterna. A nossa consciência livre. A nossa liberdade de ir e vir. Temos necessidade do novo, de inovar e renovar-nos constantemente. Novamente novos, retomamos o caminho que nos leva à novidade permanente. O novo faz a diferença em nosso cotidiano. As diferenças são a nossa novidade. Isso nos faz andar e caminhar firmes e fortes rumo a coisas melhores. Com ele, subimos. Sem ele, caimos e não somos nada. O novo nos mobiliza.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 20 de novembro de 2011
Um Mundo em crise
Século XXI
Um Mundo em crise
1.Supere o seu Estresse
Perante o excesso de preocupações no dia a dia e a demasia de trabalhos e compromissos que envolvem a nossa rotina cotidiana, ou diante do barulho das Cidades e da poluição sonora e visual que acontece nas ruas e avenidas de nossos bairros, ou ainda em meio a doenças, transtornos mentais e distúrbios emocionais que aparecem na nossa família ou contagiam amigos e parentes mais próximos, ou mesmo quando a violência bate à nossa porta e a maldade minha ou dos outros invade a nossa casa, a nossa rua e as tarefas nossas de cada dia e de toda noite, enfim, se essas contradições de todas as horas, minutos e segundos da nossa vida social, política, econômica e cultural, e profissional, contaminam a nossa existência diária e noturna, nos deixando nervosos demais, alterados na consciência, transformados em nossas atitudes, causando-nos patologias diversas e várias enfermidades até, então, busque o silêncio dentro do ambiente em que você vive, procure a sua privacidade, zele pela sua intimidade pessoal, mantenha a ordem e a paz em torno de si, dentro do seu eu e fora no meio em que se encontra, ou descansando a cabeça e dormindo se possível, bebendo bastante água para repor as suas energias, reativar a sua circulação sanguínea, reanimar as batidas normais do seu coração, renovar a reprodução de suas células nervosas, os neurônios, e assim reintegrar-se interiormente, alcançando a calma da sua alma e o repouso do seu corpo e a tranqüilidade do seu espírito.
Reze, faça uma oração a Deus se possível.
Ponha Deus na sua vida.
Dê voz e vez a Ele.
E, então, as suas forças se reanimarão, as suas energias serão reativadas, o seu bom-humor se motivará, o seu astral elevar-se-á e a sua auto-estima subirá ao mais alto do céu, avivando pois a sua vida e entusiasmando novamente a sua existência.
Seja criativo nesse momento.
Saia da rotina nesse instante.
Varie as suas ações cotidianas.
Modifique o seu comportamento costumeiro.
Renove-se interiormente.
Procure coisas boas e diferentes que o façam ficar motivado para a realidade e incentivado para as tarefas que precisa fazer.
Permaneça consciente.
Use o bom-senso nessa hora.
Ponha o juízo para funcionar.
Não assuma atitudes estranhas ou vivências esquisitas que possam identificar uma certa patologia ou moléstia perturbadora da sua segurança interior.
Seja racional.
E cordial também.
Depois, converse com os amigos e dialogue com a família.
Deixe viva a sua experiência espiritual.
Desse modo, portanto, você superará o seu estresse, que vem incomodando a sua vida interior e as suas relações externas.
Então, os seus relacionamentos serão pacíficos.
Você se sentirá tranqüilo com as pessoas ao seu lado.
A calma invadirá o seu ser, pensar e existir.
E todos se aproximarão de você, ao contrário do que ocorria antes.
E a paz interior assumirá a sua vida de cada dia.
E Deus o abençoará.
2.O Excesso de preocupações:
a doença do século
A carência ou o exagero, segundo a medicina moderna, podem ser patológicos, dependendo da situação existente, do contexto biológico e social inerentes, e do ambiente humano, natural e cultural que envolve as pessoas.
Sim, o excesso pode ser doentio.
No caso das preocupações que assumimos no dia a dia da nossa vida, que perturbam a nossa mente, enfraquecem a nossa inteligência, desestabilizam a nossa racionalidade e quase sempre desequilibram a nossa consciência, também esse fato ocorre.
Ficamos praticamente doentes quando exageramos nas preocupações diárias, nos compromissos da noite, nas responsabilidades da família e do trabalho, na tentativa de dar solução aos problemas cotidianos, ou ao se buscar a resolução de conflitos, dificuldades e contrariedades que muitas vezes nos atingem e tocam com gravidade psicológica e social.
Então, consumidos por grandes preocupações nem sempre inscritas na nossa agenda eletrônica, ficamos paralisados pelo peso dos interesses em jogo, inoperantes diante da carga pesada que onera a nossa razão, enfraquecidos, sem jeito e sem ação perante as horas marcadas com os funcionários da empresa, ou o encontro com a namorada na esquina da nossa rua, ou na hora de fazer as compras do mês no supermercado, ou nos momentos reservados para o almoço no restaurante mais próximo ou a ida ao shopping do bairro para realizar o comércio de presentes, roupas e sapatos para ter em casa, ou a necessidade de pagar o aluguel do apartamento, o seu condomínio e IPTU, ou debitar automaticamente em sua conta corrente do ITAÚ as contas de luz, gás, telefone, água e esgoto, ou o IPVA do seu automóvel, ou fazer créditos indispensáveis em uma determinada financeira, ou realizar o intercâmbio de mercadorias e materiais de escola para seus filhos e filhas.
Todas essas preocupações são precisas.
Porém, quando levadas ao excesso, ou ao exagero da confusão mental e das complicações irreais e irracionais, podem se tornar enfermidades mentais, adquirindo então distúrbios físicos e biológicos e transtornos sociais e psicológicos.
É possível que nesse estado sério, grave e crítico, percamos a cabeça sem mais nem menos, ignoremos a sensatez consciente e caiamos no desequilíbrio da mente e na falta de bom-senso racional, necessários para solucionarmos aqueles problemas.
Nesse instante de crise aparente, urge pensar positivamente, ser otimista em todos os sentidos, manter a razão e o juízo, e garantir o bem que fazemos e a nossa paz interior indispensável nessas horas turbulentas, a calma da alma e a tranqüilidade do corpo e do espírito.
Com essas condições pré-estabelecidas, até Deus se abre e se propõe a nos ajudar, tendo em vista sustentar o nosso equilíbrio mental e emocional, e nos afastar dessas idéias transformadas em moléstias, e desses valores e vivências agora sujeitos às anomalias da consciência e à instabilidade da nossa racionalidade.
Precisamos sim de Deus nesses instantes instáveis, críticos e inseguros.
E depois, recuperada a nossa disciplina mental, ordenada a nossa racionalidade inteligente e organizada a nossa consciência de bons valores, virtudes e vivências, podemos então descansar em paz e nos beneficiar dos favores e créditos de uma vida bem equilibrada, vivida com otimismo e alegria, sempre sorrindo para as pessoas.
Desse modo, o excesso acaba e o exagero vai embora.
As preocupações permanecem.
Mas agora bem administradas pela garantia da nossa paz interior.
E assim ficamos de bem com a vida.
E voltamos à normalidade.
E a nossa natureza se recompõe.
Graças a Deus.
3. Um Mundo de Desorientados
Parece que o nosso Século XXI será o tempo da insensatez, dos desequilíbrios comportamentais, das indiferenças praticadas, dos desajustes morais e espirituais, das violências urbanas e rurais, das discórdias entre pessoas, dos transtornos mentais e psicológicos, dos distúrbios sociais, ambientais e culturais, das inconstâncias políticas e das mutabilidades econômicas e financeiras, das dependências patológicas, das doenças da mente, das incompetências profissionais e das inadimplências vocacionais, da falta de talentos e carismas e suas criatividades, das atitudes descartáveis, das ações sem fundamento, das ausências de princípios capazes de sustentar grupos e indivíduos, da carência de valores que poderiam garantir o presente e o futuro das sociedades, de um ambiente sem regras que ordenem e bem administrem a nossa vida de cada dia e de toda noite, de uma era de desorientados, que não têm normas que conduzam os seus caminhos, sem condições de viver uma existência de qualidade e com dignidade, sem possibilidades de experimentar o bem e a bondade que devemos fazer e a paz e a concórdia que precisamos consumar, com amores insustentáveis e uma ética sem definições, onde a espiritualidade humana sofre a decadência das interpretações de Deus e seus efeitos para a consciência do homem e da mulher.
Sim, convivemos com desorientados.
Crianças que não brincam mais, pois já vivem como adultos acessando a internet e se comunicando pelo telefone celular.
Jovens sem princípios e valores que os encaminhem para a vida cotidiana.
Pessoas violentas demais, que não enxergam quem está ao seu lado e ao seu redor, ou diante de si e perante o convívio em sociedade.
Um clima de preocupações exageradas, de trabalhos incessantes e desgastantes, de famílias em conflito, de relacionamentos indiferentes, de vazios nas ruas, das dúvidas nos conhecimentos adquiridos, das incertezas das idéias e dos ideais a serem postos em realidade, do culto ao nada, da frieza dos sentimentos, da loucura dos pensamentos e das experiências irreais e irracionais.
Estamos mesmo desorientados.
O que nos falta ?
De que precisamos para bem viver a nossa vida e existir, como disse acima, com qualidade e dignidade ?
Faltam-nos princípios estáveis e valores bem consolidados.
Precisamos de regras firmes e fortes que sustentem as nossas atitudes sensatas e equilibradas.
Dependemos de normas que se baseiem no otimismo das boas virtudes, na alegria das boas relações e no sorriso de quem está de bem com a vida e em paz com a sua consciência.
Dependemos de Deus.
De uma nova e diferente interpretação da realidade temporal e transcendente, histórica e eterna.
Dependemos de uma Força Superior a nós mesmos.
Dependemos de uma Energia maior e melhor que nós próprios, capaz de elevar a nossa moral, enriquecer a nossa espiritualidade e aperfeiçoar os nossos sentimentos mais fundos e mais profundos.
Assim, seremos transformadores desse mundo sem orientação ética e espiritual.
Seremos agentes de um universo mais humano, justo e fraterno.
Seremos mais solidários uns com os outros.
Falta-nos essa outra interpretação de Deus, do mundo e da história, do homem e da mulher, e suas conseqüências sociais, políticas, econômicas e culturais na vida de todos e cada um que habitam esse Planeta aparentemente ameaçado pela nossa desorientação comportamental, que não respeita princípios e regras nem se responsabiliza pelo destino da humanidade.
Vivemos a desrazão.
Somos a insensatez em pessoa.
Porque nos falta bom-senso nos compromissos assumidos e equilíbrio nas atitudes praticadas.
Precisamos ser mais racionais.
E mais cordiais.
Talvez assim Deus encontre um motivo para se aproximar de nós.
E resolver o nosso problema.
Devemos nos orientar.
4. Geração só
O Mundo moderno vive situações de violência, desequilíbrio e agressividade em torno do campo e da cidade, e seus habitantes têm que conviver com uma juventude hoje aqui e agora bastante descartável, de gente só, isolada e individualista, que cultua o seu próprio ego, persegue o transitório e foge de princípios estáveis e constantes e de valores eternos e absolutos, preferindo a rapidez dos negócios, a velocidade da sociedade e a aceleração do universo da ciência e da tecnologia, realizando assim instantes em que os ambientes são ligeiros e o clima entre eles é de agressão, palavrões diversos, brigas e confusões, e relacionamentos contraditórios, revelando uma nova geração que já nasce doente, vive prisioneira de sua velocidade e escrava de seu isolamento, triste no meio de atitudes solitárias e angustiantes, em pânico algumas vezes, medrosa e aflita, inquieta e insegura, ansiosa e desesperada, padecendo de distúrbios mentais e emocionais graves e de transtornos físicos, materiais e espirituais igualmente sérios e terríveis. Uma geração só. Que faz da solidão o seu reino e da violência o seu império. Parecem jovens em agonia, que abraçam a loucura da internet e das redes sociais e das teias virtuais, e beijam novas e diferentes tecnologias, em nome de seus pontos de vista e visões de mundo bastante diversas e até adversas, antagônicas e contrárias entre si, o que reflete uma geração que surge e cresce doente, enferma de suas próprias individualidades, sem regras de conduta, sem estrutua de vida e sem orientação em seus afazeres domésticos e familiares, na convivência social, no universo ideológico da política, carregando em si uma cultura tremendamente descartável, sem raizes, sem chão nem teto, sem portas nem janelas, uma experiência de vida cuja moléstia é seu viver sem referências ou paradigmas, sem modelos ou exemplos de vida. Sim, eles, os jovens, preferem ficar sozinhos, longe da família e da sociedade, construindo então um mundo sem constância de virtudes éticas e espirituais, transitório em seu cotidiano, sem fundamentos de existência. De fato, uma geração sem regras e sem fundamentos. Tal é a nova geração de jovens desorientados, de famílias em conflito e desajustadas, de trabalhos e empregos descartáveis, onde o que manda é a velocidade das atividades quase sempre sem princípios e valores que as conduzam a uma vida de estabilidade, segurança e tranquilidade. Uma geração sem Deus. Ou um deus que para eles é jovem, mas sem bases morais ou religiosas e sem fontes que garantam uma realidade de saúde mental e bem-estar físico e social e familiar. Uma geração descartável. Eis o mundo moderno. Uma juventude que aparece alienada, alheia a si mesma, só e sem ninguém. Será o fim dos tempos ?
5. Uma sociedade sem regras
Observa-se atualmente a mentalidade do inútil e a cultura do descartável, pessoas que se olham na rua, discutem em casa e brigam no trabalho, em busca de respostas para suas interrogações constantes, à procura de soluções para seus problemas mais urgentes, tentando assim resolver seu vazio espiritual, o encontro com o nada em sua realidade cotidiana. E se pergunta: “o que estou fazendo aqui ? Onde estou ? O que está acontecendo comigo ? Deus existe ? Eu sou alguma coisa para alguém ?”Esses questionamentos refletem um mundo sem regras e uma sociedade sem fundamentos, em que quase todos perambulam de olho no provisório, buscando ser veloz nas soluções imediatas e urgentes encontradas, fazendo da rapidez nos negócios a base de seus relacionamentos, atitudes e experiências de todos os dias, noites e madrugadas. Faltam princípios que orientem toda essa gente alienada, neutra e indiferente, sem perspectivas nem referências cujos modelos de vida e exemplos de existência não se sustentam, passando-se a percorrer o que de mais transitório existe e insiste na realidade. Uma vida vazia. Um mundo ôco. O campo do Nada nos atravessa e invade, e nos faz mergulhar no oceano do descartável, das coisas indefinidas e dos seres indeterminados. E ficamos doentes. E tristes e angustiados. Caimos em depressão. Anseia-se por fugir dessas normas sociais que aprisionam e escravizam. E a liberdade: onde está ?
6. A Era da Depressão
Hoje, qualquer impacto sobre as emoções de uma pessoa, ou tensão social geradora de conflitos e violências de toda sorte, ou turbulências mentais, confusões na consciência e complicações no corpo e no espírito, brigas na família e discussões no trabalho, um simples bater de um carro no outro, ou quem sabe um debate de idéias onde os pontos de vistas se chocam, tudo isso, enfim, é motivo de tristeza para muitos e sinal de depressão patológica para outros, quando então os indivíduos por um mero motivo se aborrecem no cotidiano, trocam palavrões uns com os outros, ou mesmo partem para a violência e a agressão , o que reflete o estado de depressão doentia que caracteriza o mundo hodierno em que grupos entram em duelo de combate em nome de seu orgulho comportamental, para salvar sua opção pela agressividade, preferindo a discórdia de opiniões e atitudes à tranquilidade da cabeça, pois manda quem opta pela força e faz de seu poder físico e mental a arma para ficar em uma situação boa, divergindo de quem busca o equilíbrio sem violência, a sensatez sem agressividade, o bom-senso sem transtornos físicos e mentais ou sem distúrbios de ordem emocional e psicológica. Então, o desequilíbrio reina socialmente à semelhança dos bandidos e suas balasperdidas em confronto com a polícia, impera a marginalidade dos traficantes impondo suas regras de conduta para quase toda a sociedade, refletindo o estado depressivo que nos assola e invade, perturba os nossos ambientes de paz e instaura entre nós um clima de contradições reais e cotidianas, contrariedades diversas e adversidades variadas, colocando a perigo a tranquilidade das pessoas e a calma das almas, que então, em nome de sua paz interior, preferem o isolamento das massas populares, a solidão de quem sabe o que quer, a neutralidade diante das notícias e acontecimentos, a alienação da realidade e a indiferença perante os fatos rotineiros do dia a dia, assumindo a indefinição das ações e se comprometendo seriamente com o indeterminismo dos comportamentos cotidianos. A confusão é tanta que parece que ninguém se entende, todos estão em estado de briga, conflito e violência, e ora alguns fogem de toda essa bagunça e turbulência social e familiar para salvarem o repouso de sua interioridade, a calma da alma e a tranquilidade do corpo e do espírito, como disse acima. Ora, as pessoas se isolam, para fugir da violência. Tudo para manter a sua tranquilidade.
7. O Reino do Indefinível
Tal universo de realidades inseguras e inconstantes, descartáveis e instáveis, mostra a presença de ambientes indefinidos em torno de nós, fazendo a sociedade caminhar segundo um clima de indeterminações transitórias em que o relativo é mais importante, o isolamento fala mais alto, o vazio é o grito da moda, o nada existencial impera em todos os meios, o individualismo é a opção de quase todos, a indiferença predomina em vários setores, a neutralidade de decisões e atividades, ações e atitudes é a instância mais interessante, quase todos enfim ligados na turbulência da realidade e na violência do cotidiano, o que faz a cabeça de muitos, define os pontos de vista de outros, e transforma a vida da maioria em risco de morte espiritual, já que todos correm o perigo dos distúrbios mentais e emocionais, dos transtornos físicos e materiais, da dependência patológica de certas enfermidades sociais que só debilitam os indivíduos, enfraquecem os cidadãos e cidadãs, e tornam débeis os mais corajosos e animados, levados pela onda do indeterminismo que contamina quase todos. Esse o tempo moderno onde a juventude se aliena para poder ser feliz, outros se tornam indiferentes em nome de sua liberdade, e mais alguns se neutralizam na existência para superar a escravidão ideológica e a prisão psicológica. Em função dessa liberdade, preferem a tranquilidade de quem gosta de ser feliz. Por isso, abandonam tudo, fogem de todos, para salvar sua alternativa de boa cabeça, de sua opinião formada e seu ponto de vista diferente. Querem ser diferentes!
8. O Império do Indeterminável
Parece que a vida é um jogo onde as pessoas buscam alternativas para o mal a sua volta, seja no botequim da esquina em que fregueses estão em briga discutindo futebol, mulheres, política e carnaval; seja nos gabinetes de juizes e desembargadores quando seus assessores procuram diferentes opções e estratégias de trabalho; seja na padaria aqui perto onde os indivíduos debatem as melhores soluções para os temas e assuntos do dia a dia; seja nos escritórios de advocacia e nos consultórios de saúde em que grupos se organizam para fazer da melhor maneira possível as atividades do dia e da noite; seja nos restaurantes do bairro ou nos shoppings da cidade onde cidadãos e cidadãs anseiam por fugir de seus transtornos físicos, mentais e emocionais e de seus distúrbios financeiros e sociais, materiais e espirituais, tendo como preferência umas boas compras de presentes para o final do ano; seja no jornaleiro logo ali quando clientes trocam idéias sobre as notícias e reportagens diárias; seja na família onde todos assistem a novela da noite para bem se orientar nos comportamentos de todos os dias, noites e madrugadas; seja ao ouvir uma música no rádio em que buscamos refrescar a cabeça, sair do estresse e melhores nossas condições de vida social epsicológica; seja na farmácia perto de nós quando as injeções e os remédios que compramos servem para aliviar e melhorar nossosproblemas e dificuldades de saúde mental e resolver nossos conflitos internos. Em tudo isso, refletimos o estado de indeterminação que toma conta de nós diariamente, uma situação indefinível de consciência em que todos se confundem com a violência de cada hora, minuto e segundo, as relações humanas e sociais estão discordantes e divergentes, os trabalhos insustentáveis, os relacionamentos de rua e familiares são questionados a todo instante, nossas maneiras de agir e se comportar parecem incomodar, perturbar e não agradar a todos, nossas circunstâncias de vida e trabalho se identificam com as trevas de uma noite sem estrelas ou com uma manhã sem sol para nascer. Em todas essas coisas, vivemos aflitos com as coisas que acontecem, em pânico, com medo e desesperados perante os riscos da realidade e os perigos do cotidiano, desejosos de sair da rotina, dormir um pouco quem sabe ou talvez melhorar nosso dia a dia com a práttica de esportes, uma ida ao cinema ou à praia, ou um lazer e entretenimento à noite como as noitadas de carnaval, as tardes de maracanã ou as madrugadas de rock in rio. Nesse mundo de indiferenças e neutralidades cotidianas, muitas vezes preferimos a alienação dos fatos, o isolamento das pessoas ou a solidão talvez saudável, a fim de garantir nossa saúde e bem-estar interior, indivual e coletivo, a nossa tranquilidade e paz interna. É um jogo a vida. Temos que dribar os problemas de vez em quando, fazer jogadas ensaiadas, para que a vida funcione bem e façamos gols de letra, de cabeça ou de bicicleta, que decidem a nossa vitória sobre esse mundo de contradições em série, a guerra das ruas, a batalha das famílias e o combate dos empregos e trabalhos.. Sim, preferimos a nossa calma interior. A paz da consciência. E ficar de bem com a vida. É mais tranquilo e seguro. É a nossa maneira sustentável de viver. A nossa estabilidade é melhor.
9. Todos estão Neutros
Observamos também em nosso cotidiano atual como a sociedade em geral – a maioria das pessoas e não a minoria – vem optando por ações e atitudes onde se tornam neutras perante a realidade dos fatos e diante de problemas que a incomodam e dificuldades que lhe causem moléstias de todo tipo, como perturbações mentais, distúrbios emocionais e psicológicos e alterações em sua vida de espiritualidade, situações que revelam seu estado indeterminista de viver e existir, seu modo indefinido de estar no mundo, e conviver com circunstâncias sociais e políticas em que se encontram valores em crise, princípios sem fundamento, um mundo sem normas cujas regras é viver sem regras, não se posicionar dentro da realidade, assumir a sua neutralidade em condições que se identificam com momentos indiferentes de se colocar na sociedade e instantes alienantes e alienados junto às demais criaturas. Nesse processo de vazios espirituais, as pessoas mergulham no nada da existência e passam a nadar em realidades absurdas aparentemente quando então gerações se chocam, comunidades entram em conflito e grupos e indivíduos brigam tentando impor uns sobre os outros suas visões convictas da realidade, suas opiniões diferentes e contrárias e seus pontos de vista diversos e até adversos. Vivem assim condicionados por um mundo em crise, crise de valores sem fundamento, de princípios sem sustentação ética e de regras sem bases permanentes em uma espiritualidade natural. Parece mesmo que Deus não existe nessa realidade aparentemente sem normas pessoais e sociais, nesse universo onde reina o vazio do ser e o nada existencial. Então, nos transformamos em cidadãos e cidadãs inúteis, sem sentido e sem significado algum. Talvez o remédio seja recomeçar tudo de novo. Refazer a nossa cabeça. Fugir de representações mentais tradicionais e do passado. E viver uma vida nova e diferente, exercitando-se na construção de teorias estáveis e permanentes, e em práticas em que imperem a segurança social e financeira, a tranqüilidade moral e espiritual, e uma vivência de estabilidade política e econômica, social e cultural. Deste modo, é possível reverter esse quadro de indefinições sociais e indeterminismos espirituais e psicológicos, abraçando então uma consciência positiva e otimista, sensata e equilibrada, e uma experiência de vida guiada pela racionalidade e por uma ética de respeito aos outros e responsabilidade recíproca, do bem cultivado a todo momento e da paz vivida com solidariedade mútua. São remédios para uma prática que considere de vez a importância da fé em Deus em suas vivências de cada dia, noite e madrugada, hora, minuto e segundo.
10. Pessoas Indiferentes
Ao cruzar a esquina de uma rua na Tijuca, Rio de Janeiro, entre a Conde de Bonfim e a Alfredo Pinto, um homem caido na calçada me chamou a atenção, e notei que todos os transeuntes passavam por ele e nem ligavam, nem eu, cada um na sua, e o jovem cidadão padecendo de dores até que apareceu uma ambulância do Corpo de Bombeiros e levou essa pessoa para a emergência do Hospital Souza Aguiar, onde foi atendido. E pensei e refleti. Olha só como estão as coisas. O Cidadão estirado na rua e todos indiferentes, passavam adiante, ninguém socorria aquele indivíduo sofrendo com algum machucado ou coisa assim. A Indiferença tomou conta de quase todos. Todos estavam neutros perante aquela situação. Pareciam alienados da vida cotidiana, do dia a dia das ruas. Pessoas vazias. Ôcas por dentro e por fora. Não eram nada, não tinham nada, não se incomodam com aquelas circunstâncias de sacrifício de um ser humano deitado na rua. É assim o mundo de hoje. As coisas acontecem e as pessoas não ligam, não se comprometem, não assumem responsabilidades, nem se deixam levar pela emoção e o sentimento de solidariedade, que deveria tocar aqueles e aquelas que por ali passavam. Sim, momentos indefinidos. A Indeterminação chegou a todos, e ninguém sabia o que fazer, que atitude tomar, ou que ação realizar. O homem caido e todos passavam indiferentes, alienados, neutros, esvaziados de qualquer sentido de ajuda e fraternidade. Eis um exemplo de como a sociedade hoje se encontra. Eu acho que todos estão loucos. Ninguém ajuda e nem se ajuda. Preferem deixar como está, não importa a situação ou as circunstâncias existentes. Não interessa a pessoa humana. O Mundo está louco. Talvez desequilibrado. Sem juizo. Insensato. O Pessimismo está no coração das pessoas. Todos parecem negativos. Não estão nem aí para qualquer coisa. A Vida enlouqueceu.
11. Um complexo de Alienados
Alienar-se aqui e agora pode ser uma opção tranquila e segura tendo em vista o estresse que nos acompanha e anda lado a lado da gente, a depressão doentia fruto de um mundo de violência e agressão em nosso entorno, a confusão mental e emocional que vive perto de nós, em nossa realidade interna e no cotidiano, consequência de tantas preocupações que nos alucinam, o medo que impera no trabalho e dentro de casa, a aflição e o desespero de quem convive com a turbulência diária e noturna, e foge de instantes de tristeza e angústia ou de momentos de pânico por causa de uma vida de contradições em nossa volta, uma realidade que revela o grau de cultura descartável e a mentalidade indiferente e de neutralidade que transformam a nossa existência em situações esvaziantes onde o nada e o vazio atropelam nosso dia a dia, e nos deixam sem razão de existir, uma vida sem sentido porque o império da agressividade faz parte de nossa convivência de cada hora e de toda a noite e o dia. Por isso tudo, preferimos nos alienar, a fim de garantir a nossa tranquilidade saudável e agradável e a paz interior que tanto buscamos nessa realidade cotidiana de comportamentos transitórios e instáveis. Procuramos assim a saúde da mente e do corpo, e uma vida de bem-estar material e espiritual generalizado. Deste modo, progredimos na vida junto com todos e cada um dos que têm como única alternativa de salvação de sua vida a alienação do dia, da noite e da madrugada, mergulhando em um campo de sonhos imaginários e metafísicos irreal, todavia a condição de nossa liberdade, fonte da felicidade. Nessas condições de vida, até Deus tem o seu lugar, voz e vez na nossa interioridade e nas nossas experiências, ações e atitudes de cada minuto e segundo. É a vida em busca de um lugar ao sol.
12. Ficar sozinho
Nessa modernidade de valores em crise é tão grande o excesso de preocupações e os conflitos de consciência então demasiados, a violência reinante nas ruas dos campos e das cidades e até dentro de casa no ambiente familiar, que as pessoas estão preferindo ficar sozinhas, a fim de manter a sua tranquilidade mental e natural, o repouso do seu espírito e a calma do corpo e da alma, escolhendo antes isso do que a agressividade urbana e rural, os problemas mentais e físicos, as dificuldades de relacionamento e as atividades insensatas e desequilibradas, o risco de ações impensadas e o perigo de atitudes sem o bom-senso dos comportamentos elevados. A crise é tão séria que grupos e indivíduos estão optando pelo individualismo, uma vida solitária, isolando-se de comunidades e afastando-se do convívio social, tendo como alternativa uma existência de neutralidade perante as decisões a serem tomadas, uma compostura alienante e alienada diante do cotidiano, ficando indiferentes à realidade que os cerca, como que dizendo: “cada um na sua e Deus por todos”. Tal a mentalidade desse mundo moderno onde imperam as atitudes transitórias e inconstantes e reinam as ações provisórias e sem garantias de estabilidade. Sim, uma realidade descartável, sem fundamentos, de princípios fúnebres e vulgares, e de valores sem coesão e firmeza ética e espiritual, e carentes de sustentabilidade. Um universo de possibilidades incertas pois a dúvida está na cultura da sociedade e é a sua marca registrada no tempo e na história que se chamam hoje. Também o relativismo das coisas e o niilismo dos seres ocupam seu lugar nesse processo de indefinições passageiras, de indeterminismos sem bases sólidas de sustentação cujas fontes são a violência das pessoas que convivem em sociedade. Nesse movimento de transitoriedades em que tudo é veloz, a rapidez toma conta das criaturas e se acelera para obter os bons e melhores lucros e créditos, objetivos e resultados, vencem os mais espertos e malandros, e quem vive uma vida boa e direita costuma ficar para trás nesse processo, longe da vitória e distante de uma experiência de saúde razoável e bem-estar saudável e agradável. No entanto, igualmente existe o outro lado onde os otimistas e equilibrados parecem ganhar a partida entre o bem e o mal. Nesse mundo de inconstâncias individualistas, saem vitoriosos os que mantêm a sua tranquilidade à frente dos fatos aberrantes cujo império é a violência de uns e a agressividade de outros. A Vida está então distante de suas forças animadoras e longe de suas energias que possam motivar o bem que se deve fazer e a paz que se precisa viver. Uma realidade conflitante em que os tranquilos, seguros e estáveis aparentemente têm a chave da vitória e o segredo do sucesso.
13. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
14. Estamos enlouquecendo ?
O Momento atual e real nos revela um dado importante e de grave conseqüência para todos: estamos enlouquecendo ? Parece que estamos atravessando um processo geral de enlouquecimento quando perdemos a cabeça por qualquer motivo, nos vemos alienados da realidade e indiferentes diante dos fatos cotidianos, fugindo de compromissos e não assumindo nada de positivo em nossas vidas diárias, neutralizados pela violência que nos cerca, confusos e complicados perante as balas perdidas de todos os dias quando polícia e bandidos travam um duelo de forças paralelas e poderes excludentes, e nos excluímos da participação nos destinos de nossa família, do trabalho e da sociedade, experimentando pois situações indefinidas e circunstâncias indeterminadas onde não temos certeza de nada, a dúvida nos acompanha na realidade, o vazio se instaura dentro de nós e nadamos do nada, pelo nada e para o nada em busca de uma resposta para tantas perguntas vividas, muitas questões nos sendo apresentadas e interrogações em série que nos deixa caídos, fracos e deprimidos, buscando então na vida solitária um meio de garantir a nossa paz e tranqüilidade, ficarmos de bem com a vida e em paz com a nossa consciência. Todavia, talvez o mundo esteja mesmo enlouquecendo pois tal calma interior está longe de nós e se distancia igualmente de nós o repouso do nosso corpo e mente, alma e espírito, já que dormimos pouco e a rotina parece ser a nossa parceira de toda hora, aqui e agora. Estaremos em processo de enlouquecimento ? O futuro do mundo é o hospício ? Caminhamos para nos internarmos de vez em algum hospital de malucos ? Seremos os doidos de amanhã ? Do jeito que está a vida em sociedade, onde as regras não existem e as normas sociais são quimeras ou simples demências imaginárias, os princípios de vida e da boa ética não têm voz nem vez e os valores permanecem em crise existencial e espiritual, então só podemos admitir o hospício como única alternativa de lugar e moradia amanhã de manhã. Estamos enlouquecendo ? A Violência está dentro e fora da nossa casa. A Confusão nos rodeia a cada instante e a todo momento. Vivemos perdidos em um universo sem diretrizes e referências, em uma natureza sem modelos e paradigmas. Estamos perdidos ? No fundo do poço ? O Mundo vai acabar ? E Deus onde está ? Quem sabe a loucura mesmo seja encontrar uma resposta positiva para tudo isso. Cadê o nosso otimismo e alegria ? Onde está a nossa sensatez e equilíbrio mental e emocional ? Estaremos doentes ?
15. A Violência nos rodeia
Na ida e vinda para o trabalho todas as manhãs da semana, ou mesmo dentro de casa ao discutirmos com a mulher e dar uma bronca nos filhos e netos, ou ainda no meio da rua perambulando entre balas perdidas trocadas entre bandidos e polícia, ou então na batida de um carro contra outro quando os motoristas de ambos trocam palavrões e partem para a briga quando não um dá um tiro no colega sem mais nem menos. De fato, a violência anda solta. Está na cabeça de todos e nos braços de cada um. Presente nas mentes vazias e desocupadas sem nada pra fazer. Insistente no dia a dia das escolas e hospitais, comércio e indústria, no emprego e na família, no lar e na rua. Qualquer motivo é pretexto para uma briga, uma discussão ou um duelo de aparentes adversários. Tudo parece ocasião para briga. As pessoas estão agressivas. Chocam-se umas com as outras. Travam o combate do cotidiano e seus conflitos, problemas e dificuldades. Às vezes saem para a agressão. E então tudo se complica e todos se confundem. Assim é o mundo de hoje. Grupos ansiosos e indivíduos com medo, aflitos e desesperados. Um sem número de doenças aparecem de vez em quando nos deixando tristes, caidos e depressivos. As enfermidades tomam conta de comunidades inteiras. As sociedades parecem doentes. A Loucura é total. O pânico ameaça a quase todos. Todos no aperto. O Calor aumentando. A Pressão incomodando. A Tensão parece explodir pelos ares. Os perigos estão ao nosso lado e em torno de nós. Os riscos são muitos. Tem gente com medo de viver. Que não gosta de sair de casa. Vivem na depressão patológica, no horror de todos os dias e em uma vida oprimida por todas os lados e circunstâncias de vida. Talvez queiram morrer. Ou sumir deste mundo. Evaporar pelos ares. Ou quem sabe desaparecer dentro e fora das ruas e avenidas dos campos e das cidades. Tudo é violência. Para onde vamos ? O que fazer nessas horas ? Qual o nosso destino afinal de contas ? Há solução para isso ? Que respostas podemos dar para as novas gerações ?
Um mundo sem alternativas.
Um universo sem modelos.
Uma vida sem sentido.
Não há razões para viver e existir quando nos deparamos com um homem sem cabeça no meio da rua por onde passamos em nosso bairro ou no beco depois da esquina.
É o Esquadrão da Morte entre nós.
Estamos no sufoco ?
Em uma rua sem saída ?
Sem opções ?
Que Deus nos ajude.
Porque só nos resta rezar.
E que o Senhor tenha pena de nós.
Do contrário.
A loucura do Pinel.
Ou a maluquice da cabeça.
Talvez doidos nós possamos consertar a nossa vida.
Sim, o Hospício nos espera.
Um Mundo em crise
1.Supere o seu Estresse
Perante o excesso de preocupações no dia a dia e a demasia de trabalhos e compromissos que envolvem a nossa rotina cotidiana, ou diante do barulho das Cidades e da poluição sonora e visual que acontece nas ruas e avenidas de nossos bairros, ou ainda em meio a doenças, transtornos mentais e distúrbios emocionais que aparecem na nossa família ou contagiam amigos e parentes mais próximos, ou mesmo quando a violência bate à nossa porta e a maldade minha ou dos outros invade a nossa casa, a nossa rua e as tarefas nossas de cada dia e de toda noite, enfim, se essas contradições de todas as horas, minutos e segundos da nossa vida social, política, econômica e cultural, e profissional, contaminam a nossa existência diária e noturna, nos deixando nervosos demais, alterados na consciência, transformados em nossas atitudes, causando-nos patologias diversas e várias enfermidades até, então, busque o silêncio dentro do ambiente em que você vive, procure a sua privacidade, zele pela sua intimidade pessoal, mantenha a ordem e a paz em torno de si, dentro do seu eu e fora no meio em que se encontra, ou descansando a cabeça e dormindo se possível, bebendo bastante água para repor as suas energias, reativar a sua circulação sanguínea, reanimar as batidas normais do seu coração, renovar a reprodução de suas células nervosas, os neurônios, e assim reintegrar-se interiormente, alcançando a calma da sua alma e o repouso do seu corpo e a tranqüilidade do seu espírito.
Reze, faça uma oração a Deus se possível.
Ponha Deus na sua vida.
Dê voz e vez a Ele.
E, então, as suas forças se reanimarão, as suas energias serão reativadas, o seu bom-humor se motivará, o seu astral elevar-se-á e a sua auto-estima subirá ao mais alto do céu, avivando pois a sua vida e entusiasmando novamente a sua existência.
Seja criativo nesse momento.
Saia da rotina nesse instante.
Varie as suas ações cotidianas.
Modifique o seu comportamento costumeiro.
Renove-se interiormente.
Procure coisas boas e diferentes que o façam ficar motivado para a realidade e incentivado para as tarefas que precisa fazer.
Permaneça consciente.
Use o bom-senso nessa hora.
Ponha o juízo para funcionar.
Não assuma atitudes estranhas ou vivências esquisitas que possam identificar uma certa patologia ou moléstia perturbadora da sua segurança interior.
Seja racional.
E cordial também.
Depois, converse com os amigos e dialogue com a família.
Deixe viva a sua experiência espiritual.
Desse modo, portanto, você superará o seu estresse, que vem incomodando a sua vida interior e as suas relações externas.
Então, os seus relacionamentos serão pacíficos.
Você se sentirá tranqüilo com as pessoas ao seu lado.
A calma invadirá o seu ser, pensar e existir.
E todos se aproximarão de você, ao contrário do que ocorria antes.
E a paz interior assumirá a sua vida de cada dia.
E Deus o abençoará.
2.O Excesso de preocupações:
a doença do século
A carência ou o exagero, segundo a medicina moderna, podem ser patológicos, dependendo da situação existente, do contexto biológico e social inerentes, e do ambiente humano, natural e cultural que envolve as pessoas.
Sim, o excesso pode ser doentio.
No caso das preocupações que assumimos no dia a dia da nossa vida, que perturbam a nossa mente, enfraquecem a nossa inteligência, desestabilizam a nossa racionalidade e quase sempre desequilibram a nossa consciência, também esse fato ocorre.
Ficamos praticamente doentes quando exageramos nas preocupações diárias, nos compromissos da noite, nas responsabilidades da família e do trabalho, na tentativa de dar solução aos problemas cotidianos, ou ao se buscar a resolução de conflitos, dificuldades e contrariedades que muitas vezes nos atingem e tocam com gravidade psicológica e social.
Então, consumidos por grandes preocupações nem sempre inscritas na nossa agenda eletrônica, ficamos paralisados pelo peso dos interesses em jogo, inoperantes diante da carga pesada que onera a nossa razão, enfraquecidos, sem jeito e sem ação perante as horas marcadas com os funcionários da empresa, ou o encontro com a namorada na esquina da nossa rua, ou na hora de fazer as compras do mês no supermercado, ou nos momentos reservados para o almoço no restaurante mais próximo ou a ida ao shopping do bairro para realizar o comércio de presentes, roupas e sapatos para ter em casa, ou a necessidade de pagar o aluguel do apartamento, o seu condomínio e IPTU, ou debitar automaticamente em sua conta corrente do ITAÚ as contas de luz, gás, telefone, água e esgoto, ou o IPVA do seu automóvel, ou fazer créditos indispensáveis em uma determinada financeira, ou realizar o intercâmbio de mercadorias e materiais de escola para seus filhos e filhas.
Todas essas preocupações são precisas.
Porém, quando levadas ao excesso, ou ao exagero da confusão mental e das complicações irreais e irracionais, podem se tornar enfermidades mentais, adquirindo então distúrbios físicos e biológicos e transtornos sociais e psicológicos.
É possível que nesse estado sério, grave e crítico, percamos a cabeça sem mais nem menos, ignoremos a sensatez consciente e caiamos no desequilíbrio da mente e na falta de bom-senso racional, necessários para solucionarmos aqueles problemas.
Nesse instante de crise aparente, urge pensar positivamente, ser otimista em todos os sentidos, manter a razão e o juízo, e garantir o bem que fazemos e a nossa paz interior indispensável nessas horas turbulentas, a calma da alma e a tranqüilidade do corpo e do espírito.
Com essas condições pré-estabelecidas, até Deus se abre e se propõe a nos ajudar, tendo em vista sustentar o nosso equilíbrio mental e emocional, e nos afastar dessas idéias transformadas em moléstias, e desses valores e vivências agora sujeitos às anomalias da consciência e à instabilidade da nossa racionalidade.
Precisamos sim de Deus nesses instantes instáveis, críticos e inseguros.
E depois, recuperada a nossa disciplina mental, ordenada a nossa racionalidade inteligente e organizada a nossa consciência de bons valores, virtudes e vivências, podemos então descansar em paz e nos beneficiar dos favores e créditos de uma vida bem equilibrada, vivida com otimismo e alegria, sempre sorrindo para as pessoas.
Desse modo, o excesso acaba e o exagero vai embora.
As preocupações permanecem.
Mas agora bem administradas pela garantia da nossa paz interior.
E assim ficamos de bem com a vida.
E voltamos à normalidade.
E a nossa natureza se recompõe.
Graças a Deus.
3. Um Mundo de Desorientados
Parece que o nosso Século XXI será o tempo da insensatez, dos desequilíbrios comportamentais, das indiferenças praticadas, dos desajustes morais e espirituais, das violências urbanas e rurais, das discórdias entre pessoas, dos transtornos mentais e psicológicos, dos distúrbios sociais, ambientais e culturais, das inconstâncias políticas e das mutabilidades econômicas e financeiras, das dependências patológicas, das doenças da mente, das incompetências profissionais e das inadimplências vocacionais, da falta de talentos e carismas e suas criatividades, das atitudes descartáveis, das ações sem fundamento, das ausências de princípios capazes de sustentar grupos e indivíduos, da carência de valores que poderiam garantir o presente e o futuro das sociedades, de um ambiente sem regras que ordenem e bem administrem a nossa vida de cada dia e de toda noite, de uma era de desorientados, que não têm normas que conduzam os seus caminhos, sem condições de viver uma existência de qualidade e com dignidade, sem possibilidades de experimentar o bem e a bondade que devemos fazer e a paz e a concórdia que precisamos consumar, com amores insustentáveis e uma ética sem definições, onde a espiritualidade humana sofre a decadência das interpretações de Deus e seus efeitos para a consciência do homem e da mulher.
Sim, convivemos com desorientados.
Crianças que não brincam mais, pois já vivem como adultos acessando a internet e se comunicando pelo telefone celular.
Jovens sem princípios e valores que os encaminhem para a vida cotidiana.
Pessoas violentas demais, que não enxergam quem está ao seu lado e ao seu redor, ou diante de si e perante o convívio em sociedade.
Um clima de preocupações exageradas, de trabalhos incessantes e desgastantes, de famílias em conflito, de relacionamentos indiferentes, de vazios nas ruas, das dúvidas nos conhecimentos adquiridos, das incertezas das idéias e dos ideais a serem postos em realidade, do culto ao nada, da frieza dos sentimentos, da loucura dos pensamentos e das experiências irreais e irracionais.
Estamos mesmo desorientados.
O que nos falta ?
De que precisamos para bem viver a nossa vida e existir, como disse acima, com qualidade e dignidade ?
Faltam-nos princípios estáveis e valores bem consolidados.
Precisamos de regras firmes e fortes que sustentem as nossas atitudes sensatas e equilibradas.
Dependemos de normas que se baseiem no otimismo das boas virtudes, na alegria das boas relações e no sorriso de quem está de bem com a vida e em paz com a sua consciência.
Dependemos de Deus.
De uma nova e diferente interpretação da realidade temporal e transcendente, histórica e eterna.
Dependemos de uma Força Superior a nós mesmos.
Dependemos de uma Energia maior e melhor que nós próprios, capaz de elevar a nossa moral, enriquecer a nossa espiritualidade e aperfeiçoar os nossos sentimentos mais fundos e mais profundos.
Assim, seremos transformadores desse mundo sem orientação ética e espiritual.
Seremos agentes de um universo mais humano, justo e fraterno.
Seremos mais solidários uns com os outros.
Falta-nos essa outra interpretação de Deus, do mundo e da história, do homem e da mulher, e suas conseqüências sociais, políticas, econômicas e culturais na vida de todos e cada um que habitam esse Planeta aparentemente ameaçado pela nossa desorientação comportamental, que não respeita princípios e regras nem se responsabiliza pelo destino da humanidade.
Vivemos a desrazão.
Somos a insensatez em pessoa.
Porque nos falta bom-senso nos compromissos assumidos e equilíbrio nas atitudes praticadas.
Precisamos ser mais racionais.
E mais cordiais.
Talvez assim Deus encontre um motivo para se aproximar de nós.
E resolver o nosso problema.
Devemos nos orientar.
4. Geração só
O Mundo moderno vive situações de violência, desequilíbrio e agressividade em torno do campo e da cidade, e seus habitantes têm que conviver com uma juventude hoje aqui e agora bastante descartável, de gente só, isolada e individualista, que cultua o seu próprio ego, persegue o transitório e foge de princípios estáveis e constantes e de valores eternos e absolutos, preferindo a rapidez dos negócios, a velocidade da sociedade e a aceleração do universo da ciência e da tecnologia, realizando assim instantes em que os ambientes são ligeiros e o clima entre eles é de agressão, palavrões diversos, brigas e confusões, e relacionamentos contraditórios, revelando uma nova geração que já nasce doente, vive prisioneira de sua velocidade e escrava de seu isolamento, triste no meio de atitudes solitárias e angustiantes, em pânico algumas vezes, medrosa e aflita, inquieta e insegura, ansiosa e desesperada, padecendo de distúrbios mentais e emocionais graves e de transtornos físicos, materiais e espirituais igualmente sérios e terríveis. Uma geração só. Que faz da solidão o seu reino e da violência o seu império. Parecem jovens em agonia, que abraçam a loucura da internet e das redes sociais e das teias virtuais, e beijam novas e diferentes tecnologias, em nome de seus pontos de vista e visões de mundo bastante diversas e até adversas, antagônicas e contrárias entre si, o que reflete uma geração que surge e cresce doente, enferma de suas próprias individualidades, sem regras de conduta, sem estrutua de vida e sem orientação em seus afazeres domésticos e familiares, na convivência social, no universo ideológico da política, carregando em si uma cultura tremendamente descartável, sem raizes, sem chão nem teto, sem portas nem janelas, uma experiência de vida cuja moléstia é seu viver sem referências ou paradigmas, sem modelos ou exemplos de vida. Sim, eles, os jovens, preferem ficar sozinhos, longe da família e da sociedade, construindo então um mundo sem constância de virtudes éticas e espirituais, transitório em seu cotidiano, sem fundamentos de existência. De fato, uma geração sem regras e sem fundamentos. Tal é a nova geração de jovens desorientados, de famílias em conflito e desajustadas, de trabalhos e empregos descartáveis, onde o que manda é a velocidade das atividades quase sempre sem princípios e valores que as conduzam a uma vida de estabilidade, segurança e tranquilidade. Uma geração sem Deus. Ou um deus que para eles é jovem, mas sem bases morais ou religiosas e sem fontes que garantam uma realidade de saúde mental e bem-estar físico e social e familiar. Uma geração descartável. Eis o mundo moderno. Uma juventude que aparece alienada, alheia a si mesma, só e sem ninguém. Será o fim dos tempos ?
5. Uma sociedade sem regras
Observa-se atualmente a mentalidade do inútil e a cultura do descartável, pessoas que se olham na rua, discutem em casa e brigam no trabalho, em busca de respostas para suas interrogações constantes, à procura de soluções para seus problemas mais urgentes, tentando assim resolver seu vazio espiritual, o encontro com o nada em sua realidade cotidiana. E se pergunta: “o que estou fazendo aqui ? Onde estou ? O que está acontecendo comigo ? Deus existe ? Eu sou alguma coisa para alguém ?”Esses questionamentos refletem um mundo sem regras e uma sociedade sem fundamentos, em que quase todos perambulam de olho no provisório, buscando ser veloz nas soluções imediatas e urgentes encontradas, fazendo da rapidez nos negócios a base de seus relacionamentos, atitudes e experiências de todos os dias, noites e madrugadas. Faltam princípios que orientem toda essa gente alienada, neutra e indiferente, sem perspectivas nem referências cujos modelos de vida e exemplos de existência não se sustentam, passando-se a percorrer o que de mais transitório existe e insiste na realidade. Uma vida vazia. Um mundo ôco. O campo do Nada nos atravessa e invade, e nos faz mergulhar no oceano do descartável, das coisas indefinidas e dos seres indeterminados. E ficamos doentes. E tristes e angustiados. Caimos em depressão. Anseia-se por fugir dessas normas sociais que aprisionam e escravizam. E a liberdade: onde está ?
6. A Era da Depressão
Hoje, qualquer impacto sobre as emoções de uma pessoa, ou tensão social geradora de conflitos e violências de toda sorte, ou turbulências mentais, confusões na consciência e complicações no corpo e no espírito, brigas na família e discussões no trabalho, um simples bater de um carro no outro, ou quem sabe um debate de idéias onde os pontos de vistas se chocam, tudo isso, enfim, é motivo de tristeza para muitos e sinal de depressão patológica para outros, quando então os indivíduos por um mero motivo se aborrecem no cotidiano, trocam palavrões uns com os outros, ou mesmo partem para a violência e a agressão , o que reflete o estado de depressão doentia que caracteriza o mundo hodierno em que grupos entram em duelo de combate em nome de seu orgulho comportamental, para salvar sua opção pela agressividade, preferindo a discórdia de opiniões e atitudes à tranquilidade da cabeça, pois manda quem opta pela força e faz de seu poder físico e mental a arma para ficar em uma situação boa, divergindo de quem busca o equilíbrio sem violência, a sensatez sem agressividade, o bom-senso sem transtornos físicos e mentais ou sem distúrbios de ordem emocional e psicológica. Então, o desequilíbrio reina socialmente à semelhança dos bandidos e suas balasperdidas em confronto com a polícia, impera a marginalidade dos traficantes impondo suas regras de conduta para quase toda a sociedade, refletindo o estado depressivo que nos assola e invade, perturba os nossos ambientes de paz e instaura entre nós um clima de contradições reais e cotidianas, contrariedades diversas e adversidades variadas, colocando a perigo a tranquilidade das pessoas e a calma das almas, que então, em nome de sua paz interior, preferem o isolamento das massas populares, a solidão de quem sabe o que quer, a neutralidade diante das notícias e acontecimentos, a alienação da realidade e a indiferença perante os fatos rotineiros do dia a dia, assumindo a indefinição das ações e se comprometendo seriamente com o indeterminismo dos comportamentos cotidianos. A confusão é tanta que parece que ninguém se entende, todos estão em estado de briga, conflito e violência, e ora alguns fogem de toda essa bagunça e turbulência social e familiar para salvarem o repouso de sua interioridade, a calma da alma e a tranquilidade do corpo e do espírito, como disse acima. Ora, as pessoas se isolam, para fugir da violência. Tudo para manter a sua tranquilidade.
7. O Reino do Indefinível
Tal universo de realidades inseguras e inconstantes, descartáveis e instáveis, mostra a presença de ambientes indefinidos em torno de nós, fazendo a sociedade caminhar segundo um clima de indeterminações transitórias em que o relativo é mais importante, o isolamento fala mais alto, o vazio é o grito da moda, o nada existencial impera em todos os meios, o individualismo é a opção de quase todos, a indiferença predomina em vários setores, a neutralidade de decisões e atividades, ações e atitudes é a instância mais interessante, quase todos enfim ligados na turbulência da realidade e na violência do cotidiano, o que faz a cabeça de muitos, define os pontos de vista de outros, e transforma a vida da maioria em risco de morte espiritual, já que todos correm o perigo dos distúrbios mentais e emocionais, dos transtornos físicos e materiais, da dependência patológica de certas enfermidades sociais que só debilitam os indivíduos, enfraquecem os cidadãos e cidadãs, e tornam débeis os mais corajosos e animados, levados pela onda do indeterminismo que contamina quase todos. Esse o tempo moderno onde a juventude se aliena para poder ser feliz, outros se tornam indiferentes em nome de sua liberdade, e mais alguns se neutralizam na existência para superar a escravidão ideológica e a prisão psicológica. Em função dessa liberdade, preferem a tranquilidade de quem gosta de ser feliz. Por isso, abandonam tudo, fogem de todos, para salvar sua alternativa de boa cabeça, de sua opinião formada e seu ponto de vista diferente. Querem ser diferentes!
8. O Império do Indeterminável
Parece que a vida é um jogo onde as pessoas buscam alternativas para o mal a sua volta, seja no botequim da esquina em que fregueses estão em briga discutindo futebol, mulheres, política e carnaval; seja nos gabinetes de juizes e desembargadores quando seus assessores procuram diferentes opções e estratégias de trabalho; seja na padaria aqui perto onde os indivíduos debatem as melhores soluções para os temas e assuntos do dia a dia; seja nos escritórios de advocacia e nos consultórios de saúde em que grupos se organizam para fazer da melhor maneira possível as atividades do dia e da noite; seja nos restaurantes do bairro ou nos shoppings da cidade onde cidadãos e cidadãs anseiam por fugir de seus transtornos físicos, mentais e emocionais e de seus distúrbios financeiros e sociais, materiais e espirituais, tendo como preferência umas boas compras de presentes para o final do ano; seja no jornaleiro logo ali quando clientes trocam idéias sobre as notícias e reportagens diárias; seja na família onde todos assistem a novela da noite para bem se orientar nos comportamentos de todos os dias, noites e madrugadas; seja ao ouvir uma música no rádio em que buscamos refrescar a cabeça, sair do estresse e melhores nossas condições de vida social epsicológica; seja na farmácia perto de nós quando as injeções e os remédios que compramos servem para aliviar e melhorar nossosproblemas e dificuldades de saúde mental e resolver nossos conflitos internos. Em tudo isso, refletimos o estado de indeterminação que toma conta de nós diariamente, uma situação indefinível de consciência em que todos se confundem com a violência de cada hora, minuto e segundo, as relações humanas e sociais estão discordantes e divergentes, os trabalhos insustentáveis, os relacionamentos de rua e familiares são questionados a todo instante, nossas maneiras de agir e se comportar parecem incomodar, perturbar e não agradar a todos, nossas circunstâncias de vida e trabalho se identificam com as trevas de uma noite sem estrelas ou com uma manhã sem sol para nascer. Em todas essas coisas, vivemos aflitos com as coisas que acontecem, em pânico, com medo e desesperados perante os riscos da realidade e os perigos do cotidiano, desejosos de sair da rotina, dormir um pouco quem sabe ou talvez melhorar nosso dia a dia com a práttica de esportes, uma ida ao cinema ou à praia, ou um lazer e entretenimento à noite como as noitadas de carnaval, as tardes de maracanã ou as madrugadas de rock in rio. Nesse mundo de indiferenças e neutralidades cotidianas, muitas vezes preferimos a alienação dos fatos, o isolamento das pessoas ou a solidão talvez saudável, a fim de garantir nossa saúde e bem-estar interior, indivual e coletivo, a nossa tranquilidade e paz interna. É um jogo a vida. Temos que dribar os problemas de vez em quando, fazer jogadas ensaiadas, para que a vida funcione bem e façamos gols de letra, de cabeça ou de bicicleta, que decidem a nossa vitória sobre esse mundo de contradições em série, a guerra das ruas, a batalha das famílias e o combate dos empregos e trabalhos.. Sim, preferimos a nossa calma interior. A paz da consciência. E ficar de bem com a vida. É mais tranquilo e seguro. É a nossa maneira sustentável de viver. A nossa estabilidade é melhor.
9. Todos estão Neutros
Observamos também em nosso cotidiano atual como a sociedade em geral – a maioria das pessoas e não a minoria – vem optando por ações e atitudes onde se tornam neutras perante a realidade dos fatos e diante de problemas que a incomodam e dificuldades que lhe causem moléstias de todo tipo, como perturbações mentais, distúrbios emocionais e psicológicos e alterações em sua vida de espiritualidade, situações que revelam seu estado indeterminista de viver e existir, seu modo indefinido de estar no mundo, e conviver com circunstâncias sociais e políticas em que se encontram valores em crise, princípios sem fundamento, um mundo sem normas cujas regras é viver sem regras, não se posicionar dentro da realidade, assumir a sua neutralidade em condições que se identificam com momentos indiferentes de se colocar na sociedade e instantes alienantes e alienados junto às demais criaturas. Nesse processo de vazios espirituais, as pessoas mergulham no nada da existência e passam a nadar em realidades absurdas aparentemente quando então gerações se chocam, comunidades entram em conflito e grupos e indivíduos brigam tentando impor uns sobre os outros suas visões convictas da realidade, suas opiniões diferentes e contrárias e seus pontos de vista diversos e até adversos. Vivem assim condicionados por um mundo em crise, crise de valores sem fundamento, de princípios sem sustentação ética e de regras sem bases permanentes em uma espiritualidade natural. Parece mesmo que Deus não existe nessa realidade aparentemente sem normas pessoais e sociais, nesse universo onde reina o vazio do ser e o nada existencial. Então, nos transformamos em cidadãos e cidadãs inúteis, sem sentido e sem significado algum. Talvez o remédio seja recomeçar tudo de novo. Refazer a nossa cabeça. Fugir de representações mentais tradicionais e do passado. E viver uma vida nova e diferente, exercitando-se na construção de teorias estáveis e permanentes, e em práticas em que imperem a segurança social e financeira, a tranqüilidade moral e espiritual, e uma vivência de estabilidade política e econômica, social e cultural. Deste modo, é possível reverter esse quadro de indefinições sociais e indeterminismos espirituais e psicológicos, abraçando então uma consciência positiva e otimista, sensata e equilibrada, e uma experiência de vida guiada pela racionalidade e por uma ética de respeito aos outros e responsabilidade recíproca, do bem cultivado a todo momento e da paz vivida com solidariedade mútua. São remédios para uma prática que considere de vez a importância da fé em Deus em suas vivências de cada dia, noite e madrugada, hora, minuto e segundo.
10. Pessoas Indiferentes
Ao cruzar a esquina de uma rua na Tijuca, Rio de Janeiro, entre a Conde de Bonfim e a Alfredo Pinto, um homem caido na calçada me chamou a atenção, e notei que todos os transeuntes passavam por ele e nem ligavam, nem eu, cada um na sua, e o jovem cidadão padecendo de dores até que apareceu uma ambulância do Corpo de Bombeiros e levou essa pessoa para a emergência do Hospital Souza Aguiar, onde foi atendido. E pensei e refleti. Olha só como estão as coisas. O Cidadão estirado na rua e todos indiferentes, passavam adiante, ninguém socorria aquele indivíduo sofrendo com algum machucado ou coisa assim. A Indiferença tomou conta de quase todos. Todos estavam neutros perante aquela situação. Pareciam alienados da vida cotidiana, do dia a dia das ruas. Pessoas vazias. Ôcas por dentro e por fora. Não eram nada, não tinham nada, não se incomodam com aquelas circunstâncias de sacrifício de um ser humano deitado na rua. É assim o mundo de hoje. As coisas acontecem e as pessoas não ligam, não se comprometem, não assumem responsabilidades, nem se deixam levar pela emoção e o sentimento de solidariedade, que deveria tocar aqueles e aquelas que por ali passavam. Sim, momentos indefinidos. A Indeterminação chegou a todos, e ninguém sabia o que fazer, que atitude tomar, ou que ação realizar. O homem caido e todos passavam indiferentes, alienados, neutros, esvaziados de qualquer sentido de ajuda e fraternidade. Eis um exemplo de como a sociedade hoje se encontra. Eu acho que todos estão loucos. Ninguém ajuda e nem se ajuda. Preferem deixar como está, não importa a situação ou as circunstâncias existentes. Não interessa a pessoa humana. O Mundo está louco. Talvez desequilibrado. Sem juizo. Insensato. O Pessimismo está no coração das pessoas. Todos parecem negativos. Não estão nem aí para qualquer coisa. A Vida enlouqueceu.
11. Um complexo de Alienados
Alienar-se aqui e agora pode ser uma opção tranquila e segura tendo em vista o estresse que nos acompanha e anda lado a lado da gente, a depressão doentia fruto de um mundo de violência e agressão em nosso entorno, a confusão mental e emocional que vive perto de nós, em nossa realidade interna e no cotidiano, consequência de tantas preocupações que nos alucinam, o medo que impera no trabalho e dentro de casa, a aflição e o desespero de quem convive com a turbulência diária e noturna, e foge de instantes de tristeza e angústia ou de momentos de pânico por causa de uma vida de contradições em nossa volta, uma realidade que revela o grau de cultura descartável e a mentalidade indiferente e de neutralidade que transformam a nossa existência em situações esvaziantes onde o nada e o vazio atropelam nosso dia a dia, e nos deixam sem razão de existir, uma vida sem sentido porque o império da agressividade faz parte de nossa convivência de cada hora e de toda a noite e o dia. Por isso tudo, preferimos nos alienar, a fim de garantir a nossa tranquilidade saudável e agradável e a paz interior que tanto buscamos nessa realidade cotidiana de comportamentos transitórios e instáveis. Procuramos assim a saúde da mente e do corpo, e uma vida de bem-estar material e espiritual generalizado. Deste modo, progredimos na vida junto com todos e cada um dos que têm como única alternativa de salvação de sua vida a alienação do dia, da noite e da madrugada, mergulhando em um campo de sonhos imaginários e metafísicos irreal, todavia a condição de nossa liberdade, fonte da felicidade. Nessas condições de vida, até Deus tem o seu lugar, voz e vez na nossa interioridade e nas nossas experiências, ações e atitudes de cada minuto e segundo. É a vida em busca de um lugar ao sol.
12. Ficar sozinho
Nessa modernidade de valores em crise é tão grande o excesso de preocupações e os conflitos de consciência então demasiados, a violência reinante nas ruas dos campos e das cidades e até dentro de casa no ambiente familiar, que as pessoas estão preferindo ficar sozinhas, a fim de manter a sua tranquilidade mental e natural, o repouso do seu espírito e a calma do corpo e da alma, escolhendo antes isso do que a agressividade urbana e rural, os problemas mentais e físicos, as dificuldades de relacionamento e as atividades insensatas e desequilibradas, o risco de ações impensadas e o perigo de atitudes sem o bom-senso dos comportamentos elevados. A crise é tão séria que grupos e indivíduos estão optando pelo individualismo, uma vida solitária, isolando-se de comunidades e afastando-se do convívio social, tendo como alternativa uma existência de neutralidade perante as decisões a serem tomadas, uma compostura alienante e alienada diante do cotidiano, ficando indiferentes à realidade que os cerca, como que dizendo: “cada um na sua e Deus por todos”. Tal a mentalidade desse mundo moderno onde imperam as atitudes transitórias e inconstantes e reinam as ações provisórias e sem garantias de estabilidade. Sim, uma realidade descartável, sem fundamentos, de princípios fúnebres e vulgares, e de valores sem coesão e firmeza ética e espiritual, e carentes de sustentabilidade. Um universo de possibilidades incertas pois a dúvida está na cultura da sociedade e é a sua marca registrada no tempo e na história que se chamam hoje. Também o relativismo das coisas e o niilismo dos seres ocupam seu lugar nesse processo de indefinições passageiras, de indeterminismos sem bases sólidas de sustentação cujas fontes são a violência das pessoas que convivem em sociedade. Nesse movimento de transitoriedades em que tudo é veloz, a rapidez toma conta das criaturas e se acelera para obter os bons e melhores lucros e créditos, objetivos e resultados, vencem os mais espertos e malandros, e quem vive uma vida boa e direita costuma ficar para trás nesse processo, longe da vitória e distante de uma experiência de saúde razoável e bem-estar saudável e agradável. No entanto, igualmente existe o outro lado onde os otimistas e equilibrados parecem ganhar a partida entre o bem e o mal. Nesse mundo de inconstâncias individualistas, saem vitoriosos os que mantêm a sua tranquilidade à frente dos fatos aberrantes cujo império é a violência de uns e a agressividade de outros. A Vida está então distante de suas forças animadoras e longe de suas energias que possam motivar o bem que se deve fazer e a paz que se precisa viver. Uma realidade conflitante em que os tranquilos, seguros e estáveis aparentemente têm a chave da vitória e o segredo do sucesso.
13. A Cultura do Descartável
Em nossos tempos atuais, assistimos cotidianamente ao império de uma filosofia de vida cujo centro de atenções é o que é útil, agradável e interesseiro; à predominância de uma mentalidade onde o que é mais importante é a rapidez dos negócios, a velocidade das informações e a aceleração de atitudes e comportamentos; ao privilégio de uma cultura tipicamente descartável em que o que existe aqui e agora já não existirá amanhã ou em outro momento e lugar.
Então, o que vale é o instante, a situação momentânea, as circunstâncias aparentes e contingentes, a instabilidade do que é transitório e provisório, deixando-se de lado total ou parcialmente os valores permanentes, a constância das ações éticas e espirituais, a estabilidade dos trabalhos, o equilíbrio da mente e das emoções, o controle da consciência e o domínio de si mesmo.
É a cultura do descartável.
Na política, os deputados e senadores mudam de partido a todo instante caracterizando a chamada infidelidade partidária.
Na economia, o intercâmbio de capitais valoriza o dinheiro mais forte, aquele que tem mais poder, o que configura maior influência social, desprezando os baixos salários, o desemprego e as más condições do exercício do trabalho.
No casamento, passando pelo namoro e a paquera até chegar ao noivado, prevalece a mulher descartável, que o homem hoje arranja na rua e no dia seguinte está dentro de casa. E, dali a um mês, ambos já se encontram separados, partindo pois para novas uniões e novas separações, cada qual defendendo seus próprios interesses e privilégios, e garantindo o melhor lugar no mercado de amores e desejos, paixões e traições.
Nas Universidades, nas escolas de ensino médio e no ensino fundamental prioriza-se a didática da velocidade onde o tempo de ensino é dinheiro e a economia do conhecimento é a palavra mais forte na hora das avaliações dos alunos e alunas, sem falar nos testes de curto alcance e no baixo repertório de conteúdo proporcionado pelas provas presenciais e online, dentro e fora da sala de aula, nas pesquisas rotineiras e nos debates em que há mais gritaria do que raciocínio ou argumentação de idéias.
Na área de saúde, os médicos e enfermeiros e quase todos os agentes sanitários preferem vez ou outra o mercado da doença, o lucro que os remédios podem propiciar, o crédito oferecido pelos planos de saúde, a sua carreira profissional e a qualidade dos salários que podem usufruir, negligenciando o lado humanitário da enfermidade, a consideração que se deve possuir em relação ao doente ou paciente, o conteúdo de conhecimentos que a ciência, a tecnologia e a medicina em geral oferecem diante de tantas pragas e vírus, bactérias e moléstias as mais diversas e contraditórias, as condições ambientais dos hospitais, emergências e clínicas de saúde e ambulatórios, ignorando-se inclusive a prevenção profilática em nome de paliativos que não resolvem nem atingem a raiz dos problemas.
No campo da tecnologia, observa-se o constante troca-troca de telefones celulares, rádios e televisões, assim como a mudança permanente de automóveis novos e usados ou a compra e venda de imóveis, casas e apartamentos com uma rapidez e ousadia que nos impressiona e nos deixa surpresos.
No trânsito das cidades, ou até mesmo na aparente tranqüilidade dos campos e meios rurais, nota-se a urgência de atitudes, a emergência de comportamentos, a “falta de tempo” das pessoas, o descontrole dos horários e a falta de alternativas diante da hora curta e do pouco espaço de tempo e lugar, o desequilíbrio do tráfego com engarrafamentos e congestionamentos, acidentes de carros ou atropelamentos, a “hora do rush” quando tudo fica parado, trancado e engarrafado no vai e vem de ônibus, trens e barcas, autos e metrôs, navios e aviões.
Nas ruas e avenidas das Cidades, as pessoas não se olham mais, há uma correria exagerada para fazer as coisas, falta diálogo nas empresas e escritórios, os namorados esquecem-se até de beijar na hora da despedida, os transeuntes andam apressados superando o tempo escasso e o ambiente alienante e alienado onde se acham naquele momento.
Enfim, a cultura do descartável na mente das pessoas faz todos correrem, serem velozes e acelerados, driblando a disciplina necessária na hora dos compromissos ou ignorando a responsabilidade diante da indispensável maneira de assumir as coisas, os trabalhos e as tarefas do dia a dia.
Também no esporte – o comércio dos jogadores e atletas nacionais e internacionais – como na arte e na filosofia sobressaem a mentalidade de quem produz conteúdos descartáveis e o ambiente de negócios desqualificados, incompetentes e sem a transparência ética devida perante o mercado do que é útil e rápido, incoerente e instável, inconstante e veloz.
Sim, hoje o mundo é descartável.
Nesse universo, reinam os espertos e caem as pessoas direitas e de respeito.
Imperam os malandros.
14. Estamos enlouquecendo ?
O Momento atual e real nos revela um dado importante e de grave conseqüência para todos: estamos enlouquecendo ? Parece que estamos atravessando um processo geral de enlouquecimento quando perdemos a cabeça por qualquer motivo, nos vemos alienados da realidade e indiferentes diante dos fatos cotidianos, fugindo de compromissos e não assumindo nada de positivo em nossas vidas diárias, neutralizados pela violência que nos cerca, confusos e complicados perante as balas perdidas de todos os dias quando polícia e bandidos travam um duelo de forças paralelas e poderes excludentes, e nos excluímos da participação nos destinos de nossa família, do trabalho e da sociedade, experimentando pois situações indefinidas e circunstâncias indeterminadas onde não temos certeza de nada, a dúvida nos acompanha na realidade, o vazio se instaura dentro de nós e nadamos do nada, pelo nada e para o nada em busca de uma resposta para tantas perguntas vividas, muitas questões nos sendo apresentadas e interrogações em série que nos deixa caídos, fracos e deprimidos, buscando então na vida solitária um meio de garantir a nossa paz e tranqüilidade, ficarmos de bem com a vida e em paz com a nossa consciência. Todavia, talvez o mundo esteja mesmo enlouquecendo pois tal calma interior está longe de nós e se distancia igualmente de nós o repouso do nosso corpo e mente, alma e espírito, já que dormimos pouco e a rotina parece ser a nossa parceira de toda hora, aqui e agora. Estaremos em processo de enlouquecimento ? O futuro do mundo é o hospício ? Caminhamos para nos internarmos de vez em algum hospital de malucos ? Seremos os doidos de amanhã ? Do jeito que está a vida em sociedade, onde as regras não existem e as normas sociais são quimeras ou simples demências imaginárias, os princípios de vida e da boa ética não têm voz nem vez e os valores permanecem em crise existencial e espiritual, então só podemos admitir o hospício como única alternativa de lugar e moradia amanhã de manhã. Estamos enlouquecendo ? A Violência está dentro e fora da nossa casa. A Confusão nos rodeia a cada instante e a todo momento. Vivemos perdidos em um universo sem diretrizes e referências, em uma natureza sem modelos e paradigmas. Estamos perdidos ? No fundo do poço ? O Mundo vai acabar ? E Deus onde está ? Quem sabe a loucura mesmo seja encontrar uma resposta positiva para tudo isso. Cadê o nosso otimismo e alegria ? Onde está a nossa sensatez e equilíbrio mental e emocional ? Estaremos doentes ?
15. A Violência nos rodeia
Na ida e vinda para o trabalho todas as manhãs da semana, ou mesmo dentro de casa ao discutirmos com a mulher e dar uma bronca nos filhos e netos, ou ainda no meio da rua perambulando entre balas perdidas trocadas entre bandidos e polícia, ou então na batida de um carro contra outro quando os motoristas de ambos trocam palavrões e partem para a briga quando não um dá um tiro no colega sem mais nem menos. De fato, a violência anda solta. Está na cabeça de todos e nos braços de cada um. Presente nas mentes vazias e desocupadas sem nada pra fazer. Insistente no dia a dia das escolas e hospitais, comércio e indústria, no emprego e na família, no lar e na rua. Qualquer motivo é pretexto para uma briga, uma discussão ou um duelo de aparentes adversários. Tudo parece ocasião para briga. As pessoas estão agressivas. Chocam-se umas com as outras. Travam o combate do cotidiano e seus conflitos, problemas e dificuldades. Às vezes saem para a agressão. E então tudo se complica e todos se confundem. Assim é o mundo de hoje. Grupos ansiosos e indivíduos com medo, aflitos e desesperados. Um sem número de doenças aparecem de vez em quando nos deixando tristes, caidos e depressivos. As enfermidades tomam conta de comunidades inteiras. As sociedades parecem doentes. A Loucura é total. O pânico ameaça a quase todos. Todos no aperto. O Calor aumentando. A Pressão incomodando. A Tensão parece explodir pelos ares. Os perigos estão ao nosso lado e em torno de nós. Os riscos são muitos. Tem gente com medo de viver. Que não gosta de sair de casa. Vivem na depressão patológica, no horror de todos os dias e em uma vida oprimida por todas os lados e circunstâncias de vida. Talvez queiram morrer. Ou sumir deste mundo. Evaporar pelos ares. Ou quem sabe desaparecer dentro e fora das ruas e avenidas dos campos e das cidades. Tudo é violência. Para onde vamos ? O que fazer nessas horas ? Qual o nosso destino afinal de contas ? Há solução para isso ? Que respostas podemos dar para as novas gerações ?
Um mundo sem alternativas.
Um universo sem modelos.
Uma vida sem sentido.
Não há razões para viver e existir quando nos deparamos com um homem sem cabeça no meio da rua por onde passamos em nosso bairro ou no beco depois da esquina.
É o Esquadrão da Morte entre nós.
Estamos no sufoco ?
Em uma rua sem saída ?
Sem opções ?
Que Deus nos ajude.
Porque só nos resta rezar.
E que o Senhor tenha pena de nós.
Do contrário.
A loucura do Pinel.
Ou a maluquice da cabeça.
Talvez doidos nós possamos consertar a nossa vida.
Sim, o Hospício nos espera.
domingo, 13 de novembro de 2011
Envelhecimento
Saber Envelhecer
Da bengala para a cova
1. Idade dos Limites
Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos.
Esse o cardápio de uma boa velhice.
Onde a dignidade é a sua lei.
O Respeito a sua norma de vida.
O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade.
O Bom-senso a sua estrada de felicidade.
A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila.
A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana.
Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens.
Esse o caminho de uma velhice feliz.
Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história.
Todo velhinho é bom.
Graças a Deus.
2. Diante dos contrários
Nesse tempo de limites onde a natureza impõe regras de conduta e maneiras de se comportar e relacionar, o velho convive com sofrimentos de toda espécie, suas dores parecem intermináveis, a possibilidade da morte o assusta e entristece, angustia e deprime, a enfermidade chega avisando-lhe que precisa se cuidar, abrir o olho, ficar esperto, ser malandro perante as adversidades, ter paciência com o perigo que o rodeia e procurar sempre enfrentar com coragem o risco de viver que passou a ser agora a vivência de então. Eis que está cansado de tudo e de todos, só deseja dormir, esquecer os problemas, afastar-se da família e dos amigos e conhecidos, tentar ignorar as doenças que surgem e fazer de suas moléstias advindas um paliativo que o conscientize das fronteiras desse momento terminal em que as dificuldades são tantas, os conflitos são muitos, as contradições numerosas, as incertezas o incomodam, as dúvidas o instabilizam causando-lhe confusão mental, distúrbios físicos, emocionais e psicológicos, transtornos morais, sociais e espirituais, o que o deixa parcialmente enfraquecido, esgotado na cabeça e cheio de fadigas na ordem do corpo e da alma, da mente e do espírito. Frente a frente com esses contrários de sua existência final deve buscar sempre o equilíbrio e a paciência, procurar ser positivo e otimista, repousar bastante, se puder fazer alguma atividade cotidianamente, conversar com os companheiros, admirar as mulheres, ocupar a mente e sair da rotina, caminhar com assiduidade, crescer em harmonia com a natureza e o universo, lembrar-se de Deus e fazer da oração o sentido da sua vida, realizar coisas boas e encontrar-se com o bem que deve fazer, viver em paz uns com os outros, ter tranquilidade em si e ser calmo nos relacionamentos, usar o bom-senso em suas ações do dia a dia e fazer do juizo a lei de sua hora terminal. Desta maneira, conviverá bem com seus opostos, se comprometerá com uma velhice de qualidade, respeitará seus limites naturais, devendo agir em função de um momento em que suas fraquezas o determinam e suas carências definem seu estar-no-mundo, exigindo dele parceria com os seus, a companhia de alguém que também o respeite e compreenda, tolere suas inconstâncias e ausência de normas, ajudando-o a viver esses instantes decisivos de sua história temporal. Assim, se preparará para uma eternidade feliz, mais além.
3. O Convívio com a adversidade
Em ambientes de família onde repousam seus pensamentos finais, suas limitações físicas, psicológicas e espirituais parecem mais vivas e reais, suas fronteiras com o tempo estão mais acesas, obedecendo a um ritmo de ação em que sobressaem muitas vezes o Mal de Parkinson ou a Doença de Alzheimer, o Diabetes e o Sedentarismo, Transtornos Cardiovasculares, Distúrbios no cérebro e no coração, o terror do AVC(Acidente Vascular Cerebral), Indefinições no metabolismo do açúcar e do colesterol, e sua atitude quase sempre lenta perante os fatos do dia a dia quando não consegue perceber muito bem a notícia sobre o acontecimento verificado, e suas interpretações dos fenômenos da realidade estão sujeitas à confusão mental, à falta de juizo em algumas atividades, à presença de comportamentos pessimistas em relação à vida de cada momento e sua quase sempre negatividade junto aos seus, os velhinhos se encontram sim abandonados à consciência de seus limites e empreendem atitudes nesse sentido, enfatizando a convivência com doenças em geral, sua expectativa acerca do mistério de sua idade avançada carregada de sintomas de desequilíbrio emocional quando é claro o cidadão da Terceira Idade padece de vazios psicológicos junto aos seus, não consegue agir com bom-senso em algumas situações, e seu domínio da realidade se vê fraco, débil, enfermo, sofrendo as consequências de seu encontro com a morte a qualquer instante, e assumindo o peso de um cotidiano que não respeita e valoriza muito os mais velhos, fruto de uma sociedade em crise de valores éticos bem consistentes e de princípios morais, sociais e religiosos ainda não tão bem consolidados na essência da temporalidade de uma idade em choque com suas gerações mais jovens, em conflito consigo mesma, com dificuldades também financeiras ou com problemas em sua interioridade exigindo das pessoas terminais uma postura de equilíbrio em que deve harmonizar os defeitos dos outros com suas carências afetivas, a imoralidade de alguns com suas posições tradicionais de visão de mundo e de sociedade, como que se identificando uma realidade de controvérsias entre os sujeitos dependentes dos os outros e sua ânsia por autonomia e independência social, psicológica e ideológica. Nesse processo de alteridades existenciais, de metamorfoses cotidianas e de transformações na sua maneira de pensar, sentir e agir, se encontra a chave de compreensão dos antagonismos de uma velhice praticamente sem fundamentos alguns quando seu único ponto de apoio e sua tábua de salvação são os filhos e os netos, o que gera no idoso um certo estresse biológico, aflição na mente, conflitos de consciência e instabilidade em sua prática de vida cotidiana, sofrendo então os males da intolerância interpessoal e do desrespeito intercambial, sem praticamente modificações no seu olhar sobre o mundo visto que interpreta a realidade de um modo certamente hostil, conflitante e desestabilizador, quando cai em briga com suas ausências junto às pessoas do seu convívio humano, familiar e social. Como se observa, o idoso parece se encontrar em um universo sem opções, em uma rua sem saída para seus problemas de todas as horas e em uma via de existência que não lhe dá alternativas de bondade, compreensão e amizade, concórdia e convergência. O velho se acha só diante de um mundo de disputas críticas e dialéticas e mesmo assim mergulha em um contexto que ele vê como salvação de sua vida perante essas turbulências do cotidiano. A sua resposta é a tristeza e a angústia em face de seus limites e a resignação psicológica em frente a um quadro negro de circunstâncias contraditórias. Sim, o velho quer se libertar mas não consegue. Então se entrega à vida que o leva para o que Deus quiser e as condições do tempo e da história possam ser os determinantes de sua trajetória existencial final. Seu desejo é sumir, sua realidade é a depressão e o seu instante é de dúvidas e incertezas mesmo que se segure ainda em fundamentos acumulados com o tempo. Deus é a sua única possibilidade de vida. Em seu íntimo, reza ao Senhor. E sua fé o carrega nas costas para ele não cair na incongruência sem lógica de uma existência sem dó e sem pena de suas criaturas. Só lhe resta o silêncio.
4. O importante é lutar
Então, em sua crise existencial e perante expectativas e apreensões de sua natureza, o velho pensa e reflete: “Podem os rios secarem, ou as rosas não mais soltarem seu perfume suave, ou os passarinhos deixarem de cantar, ou os homens pararem de trabalhar, ou as mulheres não mais amarem, namorarem e paquerarem, todavia não faltará o Fundamento de todos os fundamentos, a causa das atividades humanas e naturais, o princípio do amor e do sexo, a origem da natureza e do universo e sua criação de seres vivos e animados.
Podem estar ausentes as nossas forças de agir, ou as nossas motivações para trabalhar e estudar, ou as nossas energias para rezar e conversar com Deus, ou o nosso entusiasmo para brincar e dar um sorriso para as pessoas, ou os nossos ânimos não reagirem perante a violência da Cidade e a crueldade dos campos, ou não termos mais incentivo para viver e existir de uma maneira razoável, otimista e equilibrada, ainda assim as raizes do ser continuarão a existir, as fontes do pensamento permanecerão de pé e as bases de uma existência de qualidade e bom conteúdo serão ainda mais vivas pois são sustentadas por Aquele que é o Senhor das almas e o Deus dos espíritos, o Criador, o Autor da Vida.
Podem nossas lágrimas não mais chorarem, ou nossa alegria não mais se manifestar, ou nosso bom-senso ser incapaz de fazer o que sempre fez, ou o direito desaparecer de nossa realidade cotidiana, e os indivíduos não mais se tolerarem e respeitarem, mesmo assim a vida se eternizará nos bons princípios éticos e espirituais que cultivarmos em nossa consciência e nos grandes valores morais e sociais condutores de nossa liberdade, sustento de nossa felicidade aqui e agora, e mais além.
Podem as coisas da vida se fazerem violentas, ou quase todos perderem a cabeça com os males da sociedade, ou os distúrbios da mente afetarem nossas emoções, ou os transtornos da alma e as turbulências do corpo contaminarem nossa boa vontade de ajudar uns aos outros, ainda assim acreditarei em Deus, e continuarei lutando em defesa da vida e em favor do amor, advogando em benefício da justiça e creditando minhas ações em prol de uma realidade humana mais transparente, verdadeira e autêntica.
O importante é continuar lutando.
A Vitória pertence a Deus”.
5. Em busca de uma resposta
A Crise da Terceira Idade começa a se manifestar quando a vida do idoso passa a ser um constante questionamento, percorrendo os seus momentos de lucidez até chegar à perda de parcial consciência das coisas, saindo de interrogações sobre o seu passado e presente junto à família até se chocar com a irracionalidade de situações em que demonstra perda relativa da memória, inteligência frágil, insatisfação sentimental, confusão de idéias, complicações na sua saúde biológica e psicológica, conflitos com o seu meio social, isolamento e solidão, o que reflete certamente a sua ânsia por segurança física e mental, emocional e espiritual, seu desejo por uma existência de estabilidade e tranquilidade, a sua procura por respostas que acalmem sua indisposição alimentar, seus distúrbios da mente e seus transtornos do espírito. Nessas horas de instabilidade emocional, ele busca a Deus, quer se segurar em Alguém que seja sua tábua de salvação neste mundo real que o rejeita, ignora e exclui. Então, se achega aos seus familiares que percebem sua transição de uma vida consciente para uma realidade de inconsciência quando necessita de amparo, precisa do aconchego familiar, quer abraçar se possível a todos que lhe garantam força para caminhar e energia para sustentar sua realidade humana bastante enfraquecida, limitada na natureza, debilitada pela doença, quase que perdida psicossocialmente, parecendo-lhe indispensável uma companhia permanente que lhe dê carinho e atenção, segurança e estabilidade, calma e tranquilidade, repouso para o corpo e descanso para a alma. Ora, a presença dos amigos é importante, a ajuda dos parentes indispensável, a colaboração de todos é fundamental. O Velho está carente, só e precisa de alguém do seu lado. É a hora da verdadeira amizade. Sofrendo, vê que não pode ficar sozinho. Precisa de companhia.
6. O Fator Presencial
Ter alguém do seu lado, fazendo-lhe companhia, ajudando-o a fazer suas atividades diárias e noturnas, colaborando com seus afazeres domésticos ou dialogando com ele em suas horas de descanso e solidão, batendo um papo bem gostoso com quem fez da vida a sua sabedoria de existência, a sua escola de aprendizagem em termos de conhecimento e sentimento, o seu caminho de experiências agradáveis mas também tristes e angustiantes, a sua estrada carregada dos vazios do espírito e da plenitude de uma realidade humana bem vivida junto aos seus. O Velho na verdade certas horas deprimido ou depressivo não quer apenas pessoas perto dele todavia quando possível realizar ações que promovam sua auto-estima elevada, aumentem o seu astral diante de ambientes diversos e adversos, diferentes e contrários, exigindo dele equilíbrio de consciência e bom-senso ao encarar situações instáveis e incômodas muitas vezes, boa atitude de malandragem perante um mundo de contradições generalizadas onde os mais velhos sobram dentro da sociedade, são excluidos de seus contextos de esporte e lazer, jogos e entretenimento, ignorados quase sempre porque não têm a mesma energia de antes e não podem suportar tempos excessivos de atividade, ou ainda rejeitados até por amigos e familiares e parentes, os quais parecem não querer perder tempo com quem é inútil a seus olhos, desprezível para a sociedade que pensa em status quo acima da média ou que recusa sua participação e envolvimento em assuntos onde reinam a velocidade moderna, a rapidez dos trabalhos executados e a aceleração de gerações mais jovens interessadas em viver a vida sem necessitar se perturbar ou incomodar com a presença de pessoas da terceira idade. Entretanto, os velhos gostam de ser amados, respeitados e valorizados como todo e qualquer cidadão ou cidadã desta sociedade cheia de preconceitos e de não inclusões humanas e culturais. Nesse processo de inclusão aceito por alguns e de exclusão abraçado por outros, o idoso sofre, se vê solitário, precisando de ajuda, necessitado de alguém do seu lado que dialogue com ele, interaja com seus pensamentos e compartilhe de suas idéias, sentimentos e atitudes variadas, outras vezes controversas, porém que têm algo de rico e profundo para apresentar às pessoas de seu entorno, cooperando com sua obtenção de qualidade de vida e excelência de experiências ótimas de trabalho e vida que só os cidadãos e cidadãs aposentados e pensionistas do INSS podem nos oferecer de imediato. Os velhos apesar de seus limites naturais ou de suas enfermidades incômodas querem participar do debate acerca dos problemas da sociedade, dar a sua opinião em questões políticas e partidárias, apresentar soluções e dar a melhor resposta que pode caber nesse momento, manifestar seu ponto de vista pessoal sobre os fenômenos da realidade cotidiana certos que podem outrossim colaborar para um mundo melhor e para uma humanidade mais feliz do que é hoje. Os velhos conscientes ou não querem participar. Interessa-lhes comungar com a melhoria de qualidade de vida das pessoas que se encontram do seu lado e em torno de seus espaços terminais e de seus tempos onde o limite é a sua lei.
7. Quando chega a depressão
Ao constatar que suas seguranças estão abaladas, um quadro vermelho de instabilidades sociais e familiares, psicológicas e emocionais, mentais e espirituais, invade sua vida de limitações plurais, ou então a irritação o persegue, fica nervoso constantemente, perde a cabeça muitas horas, briga com seus familiares, a ira sobe as escadarias de uma existência agora confusa e perturbada, a raiva de todos parece ser seu único caminho de ação, a cólera mergulha em seu corpo e sua alma, discute sem querer, solta palavrões um atrás do outro, o conflito se acostumou a ser sua trajetória de realidade mais autêntica, vive um dia a dia de problemas e dificuldades, desde então, o velho cai no fundo do poço do espírito, entra no abismo de um ambiente hostil e de contradições permanentes, deseja só ficar deitado e dormir eternamente, não possui forças para se levantar, não tem ânimo para reagir, passa a conviver com a depressão patológica, responsável por sua vida de altos e baixos, de quedas e subidas, de créditos e débitos, de ascensão e buraco mais fundo, o que lhe deixa triste e angustiado, sem energias para dar a volta por cima, carente de amor e isolado de todos, pois seus limites subiram a sua cabeça confusa e as fronteiras do tempo parecem lhe dizer que a morte ronda seus espaços de existência final. Anseia por morrer. Não quer mais saber de nada. Está cansado da vida e esgotado mentalmente. A Fadiga o deixa caido, e inicia o esquecimento de si mesmo e dos outros, já que sua memória está fraca e sua inteligência não funciona mais como deveria. Só quer dormir. Perde toda iniciativa. Não vê motivação para viver e existir. Parece vegetar. A Inconsciência o visita diariamente. Luta pela razão, ainda quer a lucidez, mas seus limites parecem mais fortes, a doença toma conta de sua natureza e a enfermidade o deixa no chão, caido na rua de casa, ou perdido em uma consciência que não mais faz a diferença entre as coisas. Quer a morte. Eis a sua íúnica estrada opcional nesses instantes de fronteiras indefinidas e de contornos indeterminados. Está à margem do último suspiro. A respiração fica frágil e só tem um anseio: a morte.
8. O Caos em pessoa
A partir do 60, 70 e 80 anos quando o idoso já aposentado, permanecendo ou não no mercado de trabalho, ou desenvolvendo atividades como estudos de informática, trabalhos na internet, participação em eventos esportivos, artísticos e musicais, ou vendo televisão em casa ou ouvindo rádio em seu apartamento, ou assumindo amores e romantismos com companheiras de sua idade, convivendo com as gerações mais novas em shows e espetáculos de dança, lazer e entretenimento, ele observa que, apesar de todas essas ações e atitudes, onde descansa ou não, ele constata, entende e reconhece que sua vida de cada dia, noite e madrugada virou um caos, as coisas não funcionam mais como antes, as ocupações desapareceram, os amigos se distanciaram, a família já começa a olhá-lo com outros olhos, os parentes o excluem de seu cotidiano na rua ou em seu lar, os conhecidos nem se lembram mais dele, e sua memória agora, fraca e debilitada, doente e frágil, parece não mais recordar a riqueza de suas experiências e a beleza do seu passado, a sábia prática de vida em que o saber das idéias e o poder de suas ações interferiam na vida das pessoas ou interviam para ajudar a resolver problemas da sociedade, solucionar dificuldades em sua existência pessoal e de grupo, social ou financeira, ou ainda bem administrar conflitos de uma cidade agressiva, violenta entre si, que faz da cultura da morte e de uma mentalidade do mal o sentido de seus ambientes hostis e a razão de seus contextos contraditórios onde reinam o desequilíbrio mental e emocional, a irracionalidade das consciências e a insensatez de quem não gosta da vida e vive a perseguir, incomodar e admoestar quem faz de sua realidade viva uma oportunidade para namorar e paquerar, trabalhar e articular atitudes em prol do progresso de suas comunidades fazendo evoluir suas inteligências na construção de boa saúde e bem-estar para todos e cada um. Diante desse caos interior de consequências externas, ele quase sempre perde a cabeça, adquire enfermidades terminais, seu colestoral negativo aumenta e o diabetes o faz um cidadão cansado, deprimido e problemático, tornando-se então um obstáculo para todos e uma barreira inquietante para os seus. Nessas horas depressivas, pensa na morte, enfrenta os desafios de uma velhice incontrolável, sofre com os preconceitos de seus familiares, vive a rejeição de quem deveria compreendê-lo e ajudá-lo a superar essa crise final de uma terceira idade de transtornos de todo tipo e cujo modelo de distúrbios agora frequentes estão a derrubá-lo frequentemente ao ponto de ao se deitar na cama, querer dormir para sempre, não mais desejar acordar. Caótico, o velho se esgota, cansa de viver e a fadiga é a sua única norma de vida cotidiana. Uma realidade crítica e dialética que só quem a experimenta sabe de seus infortúnios, aflições e desesperos, tristezas e angústias em jogo. O Velho quer morrer. Não atrapalhar mais a vida de ninguém. Não ser mais incômodo para as pessoas. Então precisa de orientação psicológica e espiritual para não afundar no fundo do poço. Que Deus o ajude. A Fé é importante nesses instantes derradeiros.
9. Em nome da Memória
A Lembrança do passado também é uma forma de viver a vida quando o cidadão ou cidadã da terceira idade recorda suas experiências positivas e negativas em sua trajetória cotidiana ao longo do tempo desde o nascimento até esses dias atuais ou suas práticas de cada dia, noite e madrugada otimistas e pessimistas refletindo tudo isso junto aos seus, contando-lhes histórias antigas, vivências interessantes e importantes maneiras com que soube encarar a vida diária convivendo com opostos, fazendo o bem e o mal, cultivando saberes, sentimentos e emoções ou agindo com violência em circunstâncias em que era necessária a agressividade, como ainda os momentos agradáveis e desagradáveis no trabalho e em casa, na paquera com as mulheres ou na construção de amizades sinceras ou de amigos que se foram e não voltam mais. É a hora da saudade. Saudade dos velhos tempos de criança e adolescência, dos namoros quentes e apaixonados da juventude e de uma maturidade cujo ápice é esses instantes de reflexão e compartilhamento com amigos, parentes e familiares. Hoje, ele vê a saúde indo embora, desaparecer os seus conhecidos, o amor não existe mais, e sexo é coisa que aposentado jamais viverá pois em condições terminais só lhe resta o silêncio dos justos, ou a sobriedade das pessoas direitas ou a transparência de quem viveu a vida com autenticidade, interagindo com todos, buscando o bem e realizando coisas boas com tudo e com todos. Tal recordação lhe faz bem, é um modo de passar o tempo saboreando virtudes elevadas e conteúdos de conhecimento de qualidade como garantia de bom exemplo para os mais jovens, oferecendo-lhes sua tradição de bons hábitos e costumes excelentes, riqueza de vida espiritual feita com profundidade, sinceridade e honestidade. “Olha, o velho tá indo embora. A gente se reencontra na eternidade”.
10. Problemas generalizados
Chegado esse tempo terminal o velho parece cabisbaixo porque ninguém liga para ele ou lhe dá atenção, a família o ignora e é desprezado por quase todos que se achegam a ele, ridicularizado muitas vezes diante dos filhos e netos, sofrendo o peso da idade e um mundo de dúvidas e incertezas que inquietam e desestabilizam seu coração cansado, sua mente esgotada e seu espírito fadigado, quando um complexto de transtornos invadem seu corpo e sua alma, distúrbios aumentam e se avolumam afligindo sua realidade interior, tirando-lhe o sossego e causando-lhe insatisfação emocional, fraqueza psicológica e carência afetiva e social, o que o faz se isolar do seu meio e mergulhar em um estado profundo de solidão e depressão tornando seu contexto de saúde abalado, desanimado e problemático. E eis que então apela aos deuses, se segura em tábuas de salvação, se agarra em mitos, ídolos e personagens da história a fim de que possam garantir-lhe a segurança pessoal, tranquilizar a sua alma e estabilizar a sua consciência cercada de um ambiente de hostilidades e contrariedades, desanimando-o perante o cotidiano, tornando-o um amigo da cama onde se atira diariamente em um sono fundo capaz de derrubá-lo se ele vacilar com seu instante de instabilidade física. Ora, nesses momentos de abismo espiritual, o idoso talvez se veja afundando no poço da existência, pois se encontra sozinho e sem quem lhe faça companhia ou lhe dê a cortesia constante de um abraço apertado e um beijo motivador. Sente a falta de alguém. Precisa de uma presença ao seu lado. Ocorre que nessa hora ele se segura na mão de Deus, sua única resposta para seus questionamentos permanentes, sua única solução para seus problemas, sua única saída de frente para tantas interrogações do dia a dia. Só sua fé em Alguém Superior torna sua realidade viva capaz de prosseguir na estrada e se entusiasmar novamente por um caminho de existência de qualidade de conteúdo material e espiritual. Pensando assim, dorme tranquilo, já que Deus é sua segurança, tranquilidade e estabilidade. Tal clima de situações finais faz-lhe um ser pacífico, calmo em sua alma e em repouso no corpo e no espírito. O Velho dorme em paz.
11. Problemas e Soluções
No dia a dia da família, junto a parentes, amigos e conhecidos, o cidadão ou cidadã da terceira idade sente o tempo passar, a vida mudar, o mundo se transformar, a sociedade voltar-se para coisas antigas ao mesmo tempo que avança à procura da modernidade, sustentando uma convivência social muitas vezes marcada pela violência e a maldade das pessoas ainda que a solidariedade impere quase sempre como alternativa de uma ordem feliz dentro do convívio humano. Olhando tudo isso, o velho vê os problemas a sua volta e busca respostas para tantas perguntas e soluções para inúmeras dificuldades, conflitos internos e contradições no meio em que vive com seus familiares. Doenças da terceira idade como o Mal de Parkinson, o Diabetes, o Colesterol Alto, a Doença de Alzheimer, o Tabagismo exacerbado, o Alcoolismo exagerado, Doenças Coronárias, Cânceres em geral, a Hipertensão Arterial, a Obesidade, o Sedentarismo, o AVC(Acidente Vascular Cerebral) são incômodos e inquietações que devem ser superados com um pouco de paciência, otimismo de vida, sorriso no rosto, alegria de viver, equilíbrio mental e emocional, bom-senso das coisas, fuga da rotina, um sono tranquilo, exercícios físicos como corrida e caminhada e ginástica, alimentação regular, saudável e sensata, lazer e entretenimento, ocupação da mente com trabalhos possíveis de fazer, orações a Deus, boas obras, o cultivo de uma vida fraterna e solidária, o respeito às pessoas, a atitude responsável perante os fatos, ações de justiça, ótimos conselhos para a juventude, enfim, toda uma série de resoluções fundamentais para a ultrapassagem de transtornos da consciência e distúrbios da experiência, assumindo então uma vivência de qualidade e de riqueza de conteúdo cultural, psicológico e espiritual, o que torna sua realidade problemática um pouco mais sustentável quando o bem que faz e a paz e a tranquilidade com que leva o seu cotidiano podem torná-lo uma pessoa agradável mesmo que alguns o considerem um chato e rabujento, nojento e mal educado. O que importa é que o idoso viva bem em si a sua vida, tenha a sua auto-estima elevada, esteja de bom astral, animado e entusiasta, motivando seu ambiente e incentivando seu contexto de existência diária e noturna a ser mais bonito de encarar, mais alegre e positivo, vivido com qualidade sustentável. Então, o velho se vê bem. Parece que algo melhorou com essa outra, nova e diferente visão da realidade. Mais calmo, segue o seu caminho.
12. O Instante Final
Nos últimos momentos terminais quando a doença já está complicada e generalizada, os problemas de saúde se multiplicam, a família não sabe mais o que fazer, os amigos e conhecidos se distanciam, então surge a hora da internação, e o hospital de emergência recebe o idoso e o leva logo para a UTI tendo em vista seu quadro imunológico estar alterado e enfraquecido, sua aparência é débil, e necessita imediatamente de soro fisiológico, remédios e injeções que ajudem a modificar para melhor aquela situação de dificuldades numerosas e contrariedades inquietantes. Ora, a tensão é grande e a pressão familiar questiona as mais avançadas tecnologias da medicina moderna ansiosa que está por ver um final positivo para esse cidadão ou cidadã cansado da vida, esgotado mentalmente e fadigado no corpo e na alma, no limite da existência temporal, uma história que tem a marca registrada da depressão patológica e distúrbios da consciência e problemas de razão e coração, transtornos no comportamento, no caráter instável e na personalidade trabalhada praticamente com a irracionalidade de uma inteligência sujeita às fronteiras doentias do tempo e submetida aos caprichos maléficos de um ambiente social muito preconceituoso com as pessoas da terceira idade. Internado, o velho vive seus dias terminais. A Morte está por perto querendo arrebatá-lo para junto de Deus a fim de que ele repouse para sempre de suas fadigas e trabalhos, empenhos e esforços por um mundo melhor, de suas atividades agora evaporadas, todavia que trazem a sabedoria da experiência de quem fez da vida um louvor a Deus, um caminho de bondade e compreensão, tolerância e paciência, concórdia e convergência. Então, a hora final. O Fim de uma realidade pessoal sujeita às condições da história mas que a partir de agora se joga e se abre aos braços do Criador, Autor da Vida, para que Ele abençôe esse sujeito de idade avançada, refém de enfermidades diversas, limitado na natureza e incluido entre aqueles que fazem do seu fim temporal a porta da liberdade, rumo à felicidade completa no paraiso da eternidade. Sim, são os minutos derradeiros de alguém que deu valor à vida e respeitou a ordem da natureza, foi disciplinado na sociedade e se organizou e se preparou para que esses últimos segundos de sua vida não o surpreendessem, e chegassem com a Carta do Céu dizendo-lhe o Senhor nosso Deus:”Seja bem-vindo à Casa de Deus. A Felicidade eterna o espera. Viva desde agora de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Seus amigos e parentes querem festejar a sua presença entre nós.”
13. O Equilíbrio Vital
O ideal é que o idoso chegue aos 70, 80 anos com relativo equilíbrio e juizo de consciência. Entretanto, a realidade muitas vezes não é essa, visto que inúmeros casos de velhice apresentam tendências do desequilíbrio e insensatez, quando a irracionalidade supera a inteligência e a imaginação patológica substitui a mente sensata, o que caracteriza, como hoje sabemos, um dos fenômenos do Mal de Alzhieimer, onde a dificuldade de memória leva a pessoa da terceira idade a um certo estado vegetativo quando a sua consciência das coisas e o bom-senso da realidade sofrem abalos culminando com a perda quase total da racionalidade humana. Então, junto a essa desmemorização, ocorrem moléstias diversas e enfermidades variadas, o diabetes se eleva e o colesterol sobe, a hipertensão arterial assusta, e doenças diferentes começam a se manifestar no corpo do velho, ora carregado de problemas psicossociais, dificuldades financeiras e conflitos com a família, parentes e amigos. Falta-lhe o equilíbrio necessário. A Sensatez de quem está de bem com a vida e em paz com sua consciência. Problemático, o cidadão ou cidadã aposentado ou pensionista do INSS altera sua rotina diária, dorme excessivamente, a depressão bate a sua porta e males complicados parecem atingir suas funções orgânicas, a sua atividade celular e sanguínea, e seus órgãos e aparelhos do corpo se sentem debilitados por causa do baixo astral e da fraca auto-estima que ocupa a vida terminal dessa pessoa idosa. Ora, o velho talvez esteja perdendo o juizo. E se arrasta para tentar viver seus momentos finais. Sua bengala é a sua companheira fiel e a cova mais a frente a sua parceira de despedida desse mundo que não gosta dos velhos.
14. A Fé nos garante e segura
É admirável observar no idoso o que sua fé em Deus é capaz de realizar de positivo em sua vida de cada dia e de toda noite quando perante as adversidades e os contrários de sua existência cotidiana ele supera os obstáculos construidos por seus limites naturais e transcende as barreiras promovidas por suas fronteiras racionais e sentimentais, ultrapassando então o risco de doenças quase incuráveis, o perigo do diabetes e do colesterol alto, a turbulência gerada pelos conflitos com parentes, amigos e familiares, os transtornos mentais provocados pelos acontecimentos diários e os distúrbios de consciência determinados por suas crises morais e sociais, suas instabilidades ideológicas e psicológicas, suas inconstâncias no dormir, trabalhar e deitar novamente, e suas indefinições em suas práticas e atividades de lazer e entretenimento como jogar cartas de baralho, disputar xadrez com os colegas ou fazer uma partida de dominó para sair da rotina e enfrentar o dia a dia com mais alegria e cabeça no lugar, otimismo e um sorriso para as pessoas. Então, o velho costuma se aborrecer por causa de suas limitações físicas e mentais, se choca com os pontos de vista diferentes e contraditórios que lhe aparecem de vez em quando, e briga, e solta palavrões e xinga a mãe do outro como que querendo afastar de si na base do grito todas as suas depressões patológicas ou não, todos os seus traumas psicossociais e todas as frustrações que lhe perseguem momentaneamente uma vez ou outra. Assim, se segura em sua fé transcendente e se garante abraçando a mão de Deus, que o tranquiliza diante dos aborrecimentos, o acalma no corpo e na alma, o faz descansar com o sono dos justos e lhe dá o repouso vitorioso de quem fez da vida um louvor ao seu Senhor. Eis que o cidadão ou cidadã da terceira idade dorme em paz. A Paz que só Deus pode nos dar. Ele, a nossa Tábua de Salvação nas horas do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. O Velho deste modo dorme sorrindo. E diz: ”Deus é bom. Estou em paz”.
15. Uma Velhice de qualidade
Que bom seria se os idosos tivessem uma terceira idade rica em conteúdo existencial, de qualidade de vida onde a sabedoria da experiência ditasse as regras do jogo de sua idade avançada, todavia os limites da natureza e as fronteiras psicológicas, as doenças que chegam e os transtornos mentais e os distúrbios físicos e biológicos que se fortalecem com a diabetes exagerada e o colesterol alto, a gravidade da hipertensão arterial e os perigos e os riscos da obesidade patológica, transformam sua prática de vida alienante e alienada da realidade excelente que deveria ser o seu comportamento social e familiar junto a parentes, amigos e conhecidos. Então na verdade se entrega à sua debilidade orgânica e fisiológica, moral e espiritual, e começa a agir como um “morto” que não quer nada com a vida, ignora os seus, se esquece da rua e de lá de fora de casa, e mergulha pois na depressão doentia, ao mesmo tempo que sonha com uma experiência de vida de qualidade embora o cotidiano lhe mostre o contrário, e sua estrutura corporal não consiga suportar as turbulências e violências de uma sociedade que não liga muito para eles e elas, aposentados e pensionistas do INSS. Ora, rejeitam o dia a dia, e vão dormir o sono dos justos, acreditando que Deus lhes é favorável, por isso ainda conseguem se levantar de suas quedas e continuar a vida de todos os dias, noites e madrugadas aparentemente pesados, contudo sabem que Deus os ama, respeita e valoriza por serem suas criaturas. Deus gosta dos idosos e idosas.
16. Quando manda a experiência...
Depois de uma vida de trabalho, desejos realizados e necessidades satisfeitas, de sonhos buscados e vivências consumadas, o idoso reconhece que sua experiência longa de atividades cumpridas e de compromissos e responsabilidades praticadas, o ajuda a viver bem a sua velhice, fazendo da sabedoria da experiência a chave da boa convivência com a família e o segredo da conquista de mais amigos na rua ou em casa. O fato é que sua larga jornada de tempo e serviço acumulou em si atitudes equilibradas, pensamentos sensatos, ações de juizo e comportamentos de bom-senso, que tornam seu dia a dia mais carregado de sábias execuções de tarefas quando é claro seus limites o permitem, sua natureza torna isso possível e suas definições de valores e princípios possibilitam um tempo final talvez mais interessante do que toda a caminhada até aqui e agora, pois esse é seu presente e então passa a vivê-lo com mais intensidade, dando importância a cada momento experimentado e a todo instante vivido. Com seus familiares, reparte suas tradições e repertório cultural, sua mentalidade cheia de boas conquistas e grandes realizações, uma mente rica em conteúdos culturais e cuja qualidade de vida ressalta seus empreendimentos conseguidos, suas respostas positivas a assuntos do cotidiano, seu otimismo perante os problemas, conflitos e dificuldades, sua alegria diante da tristeza a sua volta, quando é óbvio sua visão da realidade é positiva e seu ponto de vista abrace interpretações otimistas da história, tornando então seu tempo pleno de dignidade humana, onde seus direitos são respeitados e seus deveres e obrigações satisfeitos com coragem e determinação. Nessa idade dos mais velhos, a bengala o acompanha e a cova do cemitério é uma realidade que ele vê mais adiante, sem lutar contra o destino e favorecendo com resignação e paciência o que a vida lhe dá e lhe faz, sua realidade às vezes trágica, tenebrosa e dolorosa, todavia também inchada de boas coisas que só Deus pode lhe dar e apresentar, nesse tempo final que se chama a Idade do Fim. Sabe, porém, por sua fé que a vida continua e suas vivências e experiências boas ou más permanecem por toda a eternidade. Agora, espera em Deus, e quando a tranquilidade o permite, beija a vida com alegria mesmo que a tristeza, a solidão e a depressão ora continuem a bater frequentemente em sua porta de entrada e de saída. Graças a sua fé, se mantém em Deus e assim pode ter uma finalidade tranquila e uma morte repousante. Durma em paz, meu bom velhinho.
17. Uma Jornada de grandes realizações
A Vida ensinou para o bom velhinho que as vivências nos ajudam a bem viver o nosso cotidiano e as experiências acumuladas com o tempo são agora e aqui, nessa sua hora de conflitos internos, de dificuldades físicas e materiais e de problemas generalizados como afetando sua saúde psicológica e espiritual, um conforto para a alma e uma tranquilidade para o corpo, pois então pode ajeitar melhor sua realidade mental, compreender seus limites naturais e conviver bem com suas enfermidades específicas, trocando assim valores e princípios com outros, orientando-os no bom caminho das virtudes, da ética de qualidade e da espiritualidade natural onde sua fé em Deus aparece para sustentar sua velhice, garantir seus últimos instantes e fundamentar seu comportamento agora alterado pelas doenças, abalado pela realidade contraditória do cotidiano e bastante influenciado pelo conflito com as novas gerações, que questionam suas tradições culturais, sociais e familiares, o interrogam sobre sua mentalidade aparentemente ultrapassada e desatualizada, fazendo-lhe perguntas em cima de perguntas como a querer desestabilizá-lo existencialmente, visto que ele ainda vive um passado que para ele foi mais rico que o presente e de mais qualidade de conteúdo cultural, existencial e espiritual. Deseja pois ensinar aos mais novos, porém sofre com suas indagações questionadoras, preferindo então o silêncio que acalma, a neutralidade que o faz repousar e a indiferença que o tranquiliza apesar de uma realidade em seu entorno que exige dele participação social, compromisso coletivo e responsabilidade interpessoal. Todavia, escolhe a solidão de quem não quer atrapalhar, a depressão que o isola dos outros ou a atitude de quem não aspira por incomodar quem se acha na moda ou na era atual do descartável, das ações provisórias e das atitudes transitórias. Agora, tudo é rápido, a vida é veloz, e ele tem que se retirar dessa aceleração cotidiana, o que o faz excluido e ignorado por muitos que vivem essa “nova era”. Apesar disso, sabe de suas conquistas na vida, de suas realizações nessa gigantesca jornada do tempo e de suas satisfações com as mulheres que paquerou, da família que produziu e do trabalho que desempenhou e desenvolveu nessa larga e longa trajetória de vida cotidiana. Agora, repousa satisfeito ou não com suas atividades passadas e presentes. Contudo, sua fé o sustenta. A Experiência de vida o conduz. Sua maturidade o segura. E seu fundamento ora é uma vida tranquila e feliz junto aos seus. Apesar dos contrários. Que Deus pois ajude os mais velhos.
18. Dependência
Talvez seja a maior tristeza de um velho admitir e reconhecer que não pode mais fazer as coisas nem ir à rua ver os amigos e conversar com colegas de outrora, o que então o faz doente e cair na depressão pois torna-se uma pessoa dependente dos outros, um necessitado de ajuda alheia, precisando da família e dos amigos, e até de estranhos, para realizar seus desejos, conseguir suas tarefas quando não se entrega de vez ao sono rotineiro de todos os dias, noites e madrugadas, transformando-se em um peso para os demais, aliás é o que muitos acham. Quem sabe seja essa a sua maior angústia no final da vida, o tornar-se dependente dos seus, viver preso ao trabalho de outras pessoas, que muitas vezes não compreendem os seus limites naturais e as suas fronteiras mentais e psicológicas. Agora, o idoso resignado se joga nos braços alheios para o ajudarem a viver seus últimos dias, dependendo de seus esforços para praticar o que lhe agrada e satisfazer suas necessidades mais urgentes e realizar suas aspirações mais imediatas. E o cidadão ou cidadã da terceira idade sofre, padece com suas limitações naturais e biológicas, enfraquecido pelas doenças de última hora, debilitado pela incompreensão dos outros, que não entendem seus problemas, conflitos internos e dificuldades de existência. Então o bom velhinho reza porque sabe que Deus e sua fé o seguram e o tranquilizam e são sua únicasaída, seu caminho de salvação e libertação, perante uma natureza frágil, um corpo inquieto e cujas funções orgânicas quase que não funcionam mais. Padecendo uma série de enfermidades de todo tipo cai em depressão, pressionado interiormente e por quase todos os que o rodeiam. O sofrimento ora é seu parceiro de cama e companheiro de caminhada.
19. Primeiro, a minha tranquilidade
Depois de um tempo, cansado da vida e esgotado com este mundo de preocupações turbulentas e de contradições violentas, o idoso começa a jogar tudo para o alto, a ignorar o seu cotidiano que só lhe traz problemas, conflitos e dificuldades, a evitar seus parentes, amigos e familiares, a esquecer suas atividades do dia a dia, e toda sorte de contrariedades que acontecem quando em contato com a rua ou a família, preferindo então a sua tranquilidade interna e paz interior, descansar quase o dia todo, dormir sempre que possível, parecendo deprimido e triste com tantos transtornos a sua volta e inúmeros distúrbios e adversidades em seu entorno. Por isso, a partir de agora, escolhe o seu repouso espiritual e psicológico, levar desde então uma vida calma sem muitas ocupações, entregando-se a boa vida e ao vazio de uma experiência de aposentado ou pensionista do INSS, sem trabalho e emprego, pois agora quer “curtir” suas férias prolongadas de última hora, seus instantes finais com a sabedoria de sua vivência bem comportada de onde busca construir uma realidade de boas virtudes e ótima consciência, ora responsáveis por sua aparente tranquilidade, segurança de vida e estabilidade cotidiana, firme que está em sua fé em Deus e forte na continuidade de uma vida geradora de bons conselhos para os mais novos e grandes ações a favor de seus colegas da mesma idade terminal. Assim, em nome de sua segurança, tranquilidade e estabilidade, como disse, o velho abandona tudo e a todos, e passa a viver de maneira resignada e confortada suas práticas de vida de último instante. Então, pega a sua bengala, dá uma volta pela casa, dá um beijo na mulher e um abraço nos filhos e netos, e volta para o silêncio tranquilizante de seu quarto e cama onde repousa seu corpo cansado e sua alma fadigada e seu espírito esgotado. É hora de descansar.
20. Um clima de tensões constantes
A Experiência da terceira idade nos revela que muitas vezes o idoso ou a velhinha, o aposentado ou a pensionista do INSS, vive seus momentos derradeiros, instantes últimos e circunstâncias finais em clima de risco de vida ou sob o perigo de acidentes dentro e fora de casa, preocupações com a hora da morte e a insistência de doenças cardiovasculares, problemas de diabetes e colesterol intenso, o sedentarismo constante e a falta de exercícios físicos ou caminhadas, a ameaça do álcool ou da cerveja e do cigarro quem sabe, o Mal de Parkinson ou o Alzheimer, e outras enfermidades que surgem a cada situação vivida onde os conflitos com a família são quase eternos, as dificuldades de andar e o medo de cair e levar tombos parece deixá-lo inquieto e ansioso, aflito e desesperado, diante de alguma moléstia que possa lhe acontecer, ou seja, um complexo de problemas e turbulências tornam a vida do idoso um “estado de alerta” pois ameaçado parece pela violência das coisas e dos fatos do cotidiano, experimenta um ambiente de contradições a sua volta, que o faz alguns momentos silenciar, se entregar ao sono e dormir, tentando fugir desse esquema de contrariedades que o afligem e perturbam, o molestam e incomodam, e atrapalham o seu dia a dia já em crise existencial. Então o velho busca abrigo em seu interior, procura os seus, abraça o silêncio e procura habitar o reino da cama e o império do sono, a fim de tentar ignorar essas condições de vida que lhe são adversas, e tentam derrubá-lo em sua realidade terminal. Agora, pega a sua bengala e se deixa pensar o pensamento, preocupado com o seu fim, sabendo que a cova o espera e que a eternidade está perto de si. Eis pois que se lembra de Deus e sua fé renasce, se anima outra vez e começa a ficar tranquilo perante os acontecimentos indefinidos que surgem em seu entorno. Esse mundo de problemas e tensões, pressões de todos os lados, riscos e perigos doentios e patológicos, só têm sustentabilidade quando ele abraça sua fé em Deus e beija a vida com otimismo e sua experiência de bem conviver com os contrários da existência. Então o velho se tranquiliza.
21. Dificuldades e distrações
A Vida do Idoso quase sempre está entrelaçada por uma dialética existencial onde as diferenças convivem com entusiasmos, os problemas se conciliam com soluções imediatas, as doenças se aliam a uma saúde descartável, os conflitos são superados por momentos de lazer e instantes de distração, seja ouvindo o repórter ou uma música no rádio ou assistindo as novelas da televisão, ou até se conectando e acessando a rede internet, como muitos velhinhos fazem hoje em dia, apesar de seus limites psicológicos e físicos, das enfermidades que ora vêm e vão, das fronteiras entre o bem-estar em casa com parentes e amigos e as dificuldades de locomoção e de uma saúde abalada pelas moléstias da terceira idade principalmente o sedentarismo, o alcoolismo, o tabagismo, o diabetes alterado e o colesterol alto, a doença de Alzheimer e o Mal de Parkinson, distúrbios que ocorrem na fase final de uma vida de aposentado ou pensionista do INSS, transtornos que modificam para pior ou melhor a existência de um cidadão ou cidadã em seu derradeiro período terminal. Apesar dos contrários, o velho se distrai, busca alternativas de lazer dando um passeio na rua ou conversando com colegas no meio da praça ou no lar no aconchego da família quando “curte” a TV e seus programas preferidos de áudio. Assim a velhice parece uma verdadeira dialética vivencial onde os opostos convivem para quem sabe qualificar a vida do idoso ou melhorar sua situação de limites psico-sociais e suas fronteiras de cabeça que procura sempre o que é bom e o que lhe faz bem, como toda pessoa humana aspíra. Nesse processo dialético, a vida se faz e acontece, as pessoas se encontram, as relações se produzem e a existência, graças a Deus, pode ser vivida positivamente, com otimismo e equilíbrio, quando suas circunstâncias cotidianas o permitem. Nessas horas, parece que Deus dá uma mão ao idoso e torna sua vida aceitável por si e por quase todos os que o rodeiam. A Dialética da vida nos faz bem. E o idoso agradece.
Da bengala para a cova
1. Idade dos Limites
Quando na rua converso com idosos, ou bato um papo legal com pessoas da terceira idade, ou troco idéias com aposentados e pensionistas do INSS, sempre costumo apreciar a sua sabedoria de vida e a sua grande experiência acumulada durante toda a sua trajetória de existência, o seu respeito às pessoas e o seu equilíbrio mental e emocional, o seu bom-senso das coisas e a riqueza de suas virtudes morais como a bondade e a paciência, a sua fé em Deus e o seu otimismo ainda que cercados por problemas, conflitos e dificuldades na rua ou na família, mesmo que impossibilitados por seus limites naturais e humanos ou doenças que lhes sobrevêm ou cansaços físicos e materiais, fadigas espirituais ou esgotamentos psicológicos, resultado de uma realidade absorvida pelo trabalho duradouro onde as fronteiras do tempo e as imposições de enfermidades ou o surpreendente encontro com a morte parecem as marcas registradas de uma velhice bem vivida em que o convívio com os seus produz estigmas inesquecíveis que fazem da saudade de quem parte uma oportunidade para fazer da lembrança uma porta de vida e esperança para os mais novos, desejosos de seguir o mesmo caminho dos mais velhos.
Esse o cardápio de uma boa velhice.
Onde a dignidade é a sua lei.
O Respeito a sua norma de vida.
O Equilíbrio a sua boa consciência e a sua verdadeira liberdade.
O Bom-senso a sua estrada de felicidade.
A Responsabilidade a garantia de uma existência final mais segura e tranquila.
A sua fé em Alguém Superior é a sua sustentabilidade cotidiana.
Os velhos, conscientes de seus direitos e cumpridores de seus deveres e obrigações, são para nós exemplos de vida e modelos de uma existência sensata onde identificamos a paz das virtudes equilibradas, o otimismo do sorriso de bem com a vida e a alegria de um dia a dia experimentado com a força de valores bem estabelecidos e a firmeza de princípios bem consolidados. Daí os velhinhos serem bem orientados, e serem bons orientadores das gerações mais jovens.
Esse o caminho de uma velhice feliz.
Nela, a paz reina e o impérío do bem é o seu registro na história.
Todo velhinho é bom.
Graças a Deus.
2. Diante dos contrários
Nesse tempo de limites onde a natureza impõe regras de conduta e maneiras de se comportar e relacionar, o velho convive com sofrimentos de toda espécie, suas dores parecem intermináveis, a possibilidade da morte o assusta e entristece, angustia e deprime, a enfermidade chega avisando-lhe que precisa se cuidar, abrir o olho, ficar esperto, ser malandro perante as adversidades, ter paciência com o perigo que o rodeia e procurar sempre enfrentar com coragem o risco de viver que passou a ser agora a vivência de então. Eis que está cansado de tudo e de todos, só deseja dormir, esquecer os problemas, afastar-se da família e dos amigos e conhecidos, tentar ignorar as doenças que surgem e fazer de suas moléstias advindas um paliativo que o conscientize das fronteiras desse momento terminal em que as dificuldades são tantas, os conflitos são muitos, as contradições numerosas, as incertezas o incomodam, as dúvidas o instabilizam causando-lhe confusão mental, distúrbios físicos, emocionais e psicológicos, transtornos morais, sociais e espirituais, o que o deixa parcialmente enfraquecido, esgotado na cabeça e cheio de fadigas na ordem do corpo e da alma, da mente e do espírito. Frente a frente com esses contrários de sua existência final deve buscar sempre o equilíbrio e a paciência, procurar ser positivo e otimista, repousar bastante, se puder fazer alguma atividade cotidianamente, conversar com os companheiros, admirar as mulheres, ocupar a mente e sair da rotina, caminhar com assiduidade, crescer em harmonia com a natureza e o universo, lembrar-se de Deus e fazer da oração o sentido da sua vida, realizar coisas boas e encontrar-se com o bem que deve fazer, viver em paz uns com os outros, ter tranquilidade em si e ser calmo nos relacionamentos, usar o bom-senso em suas ações do dia a dia e fazer do juizo a lei de sua hora terminal. Desta maneira, conviverá bem com seus opostos, se comprometerá com uma velhice de qualidade, respeitará seus limites naturais, devendo agir em função de um momento em que suas fraquezas o determinam e suas carências definem seu estar-no-mundo, exigindo dele parceria com os seus, a companhia de alguém que também o respeite e compreenda, tolere suas inconstâncias e ausência de normas, ajudando-o a viver esses instantes decisivos de sua história temporal. Assim, se preparará para uma eternidade feliz, mais além.
3. O Convívio com a adversidade
Em ambientes de família onde repousam seus pensamentos finais, suas limitações físicas, psicológicas e espirituais parecem mais vivas e reais, suas fronteiras com o tempo estão mais acesas, obedecendo a um ritmo de ação em que sobressaem muitas vezes o Mal de Parkinson ou a Doença de Alzheimer, o Diabetes e o Sedentarismo, Transtornos Cardiovasculares, Distúrbios no cérebro e no coração, o terror do AVC(Acidente Vascular Cerebral), Indefinições no metabolismo do açúcar e do colesterol, e sua atitude quase sempre lenta perante os fatos do dia a dia quando não consegue perceber muito bem a notícia sobre o acontecimento verificado, e suas interpretações dos fenômenos da realidade estão sujeitas à confusão mental, à falta de juizo em algumas atividades, à presença de comportamentos pessimistas em relação à vida de cada momento e sua quase sempre negatividade junto aos seus, os velhinhos se encontram sim abandonados à consciência de seus limites e empreendem atitudes nesse sentido, enfatizando a convivência com doenças em geral, sua expectativa acerca do mistério de sua idade avançada carregada de sintomas de desequilíbrio emocional quando é claro o cidadão da Terceira Idade padece de vazios psicológicos junto aos seus, não consegue agir com bom-senso em algumas situações, e seu domínio da realidade se vê fraco, débil, enfermo, sofrendo as consequências de seu encontro com a morte a qualquer instante, e assumindo o peso de um cotidiano que não respeita e valoriza muito os mais velhos, fruto de uma sociedade em crise de valores éticos bem consistentes e de princípios morais, sociais e religiosos ainda não tão bem consolidados na essência da temporalidade de uma idade em choque com suas gerações mais jovens, em conflito consigo mesma, com dificuldades também financeiras ou com problemas em sua interioridade exigindo das pessoas terminais uma postura de equilíbrio em que deve harmonizar os defeitos dos outros com suas carências afetivas, a imoralidade de alguns com suas posições tradicionais de visão de mundo e de sociedade, como que se identificando uma realidade de controvérsias entre os sujeitos dependentes dos os outros e sua ânsia por autonomia e independência social, psicológica e ideológica. Nesse processo de alteridades existenciais, de metamorfoses cotidianas e de transformações na sua maneira de pensar, sentir e agir, se encontra a chave de compreensão dos antagonismos de uma velhice praticamente sem fundamentos alguns quando seu único ponto de apoio e sua tábua de salvação são os filhos e os netos, o que gera no idoso um certo estresse biológico, aflição na mente, conflitos de consciência e instabilidade em sua prática de vida cotidiana, sofrendo então os males da intolerância interpessoal e do desrespeito intercambial, sem praticamente modificações no seu olhar sobre o mundo visto que interpreta a realidade de um modo certamente hostil, conflitante e desestabilizador, quando cai em briga com suas ausências junto às pessoas do seu convívio humano, familiar e social. Como se observa, o idoso parece se encontrar em um universo sem opções, em uma rua sem saída para seus problemas de todas as horas e em uma via de existência que não lhe dá alternativas de bondade, compreensão e amizade, concórdia e convergência. O velho se acha só diante de um mundo de disputas críticas e dialéticas e mesmo assim mergulha em um contexto que ele vê como salvação de sua vida perante essas turbulências do cotidiano. A sua resposta é a tristeza e a angústia em face de seus limites e a resignação psicológica em frente a um quadro negro de circunstâncias contraditórias. Sim, o velho quer se libertar mas não consegue. Então se entrega à vida que o leva para o que Deus quiser e as condições do tempo e da história possam ser os determinantes de sua trajetória existencial final. Seu desejo é sumir, sua realidade é a depressão e o seu instante é de dúvidas e incertezas mesmo que se segure ainda em fundamentos acumulados com o tempo. Deus é a sua única possibilidade de vida. Em seu íntimo, reza ao Senhor. E sua fé o carrega nas costas para ele não cair na incongruência sem lógica de uma existência sem dó e sem pena de suas criaturas. Só lhe resta o silêncio.
4. O importante é lutar
Então, em sua crise existencial e perante expectativas e apreensões de sua natureza, o velho pensa e reflete: “Podem os rios secarem, ou as rosas não mais soltarem seu perfume suave, ou os passarinhos deixarem de cantar, ou os homens pararem de trabalhar, ou as mulheres não mais amarem, namorarem e paquerarem, todavia não faltará o Fundamento de todos os fundamentos, a causa das atividades humanas e naturais, o princípio do amor e do sexo, a origem da natureza e do universo e sua criação de seres vivos e animados.
Podem estar ausentes as nossas forças de agir, ou as nossas motivações para trabalhar e estudar, ou as nossas energias para rezar e conversar com Deus, ou o nosso entusiasmo para brincar e dar um sorriso para as pessoas, ou os nossos ânimos não reagirem perante a violência da Cidade e a crueldade dos campos, ou não termos mais incentivo para viver e existir de uma maneira razoável, otimista e equilibrada, ainda assim as raizes do ser continuarão a existir, as fontes do pensamento permanecerão de pé e as bases de uma existência de qualidade e bom conteúdo serão ainda mais vivas pois são sustentadas por Aquele que é o Senhor das almas e o Deus dos espíritos, o Criador, o Autor da Vida.
Podem nossas lágrimas não mais chorarem, ou nossa alegria não mais se manifestar, ou nosso bom-senso ser incapaz de fazer o que sempre fez, ou o direito desaparecer de nossa realidade cotidiana, e os indivíduos não mais se tolerarem e respeitarem, mesmo assim a vida se eternizará nos bons princípios éticos e espirituais que cultivarmos em nossa consciência e nos grandes valores morais e sociais condutores de nossa liberdade, sustento de nossa felicidade aqui e agora, e mais além.
Podem as coisas da vida se fazerem violentas, ou quase todos perderem a cabeça com os males da sociedade, ou os distúrbios da mente afetarem nossas emoções, ou os transtornos da alma e as turbulências do corpo contaminarem nossa boa vontade de ajudar uns aos outros, ainda assim acreditarei em Deus, e continuarei lutando em defesa da vida e em favor do amor, advogando em benefício da justiça e creditando minhas ações em prol de uma realidade humana mais transparente, verdadeira e autêntica.
O importante é continuar lutando.
A Vitória pertence a Deus”.
5. Em busca de uma resposta
A Crise da Terceira Idade começa a se manifestar quando a vida do idoso passa a ser um constante questionamento, percorrendo os seus momentos de lucidez até chegar à perda de parcial consciência das coisas, saindo de interrogações sobre o seu passado e presente junto à família até se chocar com a irracionalidade de situações em que demonstra perda relativa da memória, inteligência frágil, insatisfação sentimental, confusão de idéias, complicações na sua saúde biológica e psicológica, conflitos com o seu meio social, isolamento e solidão, o que reflete certamente a sua ânsia por segurança física e mental, emocional e espiritual, seu desejo por uma existência de estabilidade e tranquilidade, a sua procura por respostas que acalmem sua indisposição alimentar, seus distúrbios da mente e seus transtornos do espírito. Nessas horas de instabilidade emocional, ele busca a Deus, quer se segurar em Alguém que seja sua tábua de salvação neste mundo real que o rejeita, ignora e exclui. Então, se achega aos seus familiares que percebem sua transição de uma vida consciente para uma realidade de inconsciência quando necessita de amparo, precisa do aconchego familiar, quer abraçar se possível a todos que lhe garantam força para caminhar e energia para sustentar sua realidade humana bastante enfraquecida, limitada na natureza, debilitada pela doença, quase que perdida psicossocialmente, parecendo-lhe indispensável uma companhia permanente que lhe dê carinho e atenção, segurança e estabilidade, calma e tranquilidade, repouso para o corpo e descanso para a alma. Ora, a presença dos amigos é importante, a ajuda dos parentes indispensável, a colaboração de todos é fundamental. O Velho está carente, só e precisa de alguém do seu lado. É a hora da verdadeira amizade. Sofrendo, vê que não pode ficar sozinho. Precisa de companhia.
6. O Fator Presencial
Ter alguém do seu lado, fazendo-lhe companhia, ajudando-o a fazer suas atividades diárias e noturnas, colaborando com seus afazeres domésticos ou dialogando com ele em suas horas de descanso e solidão, batendo um papo bem gostoso com quem fez da vida a sua sabedoria de existência, a sua escola de aprendizagem em termos de conhecimento e sentimento, o seu caminho de experiências agradáveis mas também tristes e angustiantes, a sua estrada carregada dos vazios do espírito e da plenitude de uma realidade humana bem vivida junto aos seus. O Velho na verdade certas horas deprimido ou depressivo não quer apenas pessoas perto dele todavia quando possível realizar ações que promovam sua auto-estima elevada, aumentem o seu astral diante de ambientes diversos e adversos, diferentes e contrários, exigindo dele equilíbrio de consciência e bom-senso ao encarar situações instáveis e incômodas muitas vezes, boa atitude de malandragem perante um mundo de contradições generalizadas onde os mais velhos sobram dentro da sociedade, são excluidos de seus contextos de esporte e lazer, jogos e entretenimento, ignorados quase sempre porque não têm a mesma energia de antes e não podem suportar tempos excessivos de atividade, ou ainda rejeitados até por amigos e familiares e parentes, os quais parecem não querer perder tempo com quem é inútil a seus olhos, desprezível para a sociedade que pensa em status quo acima da média ou que recusa sua participação e envolvimento em assuntos onde reinam a velocidade moderna, a rapidez dos trabalhos executados e a aceleração de gerações mais jovens interessadas em viver a vida sem necessitar se perturbar ou incomodar com a presença de pessoas da terceira idade. Entretanto, os velhos gostam de ser amados, respeitados e valorizados como todo e qualquer cidadão ou cidadã desta sociedade cheia de preconceitos e de não inclusões humanas e culturais. Nesse processo de inclusão aceito por alguns e de exclusão abraçado por outros, o idoso sofre, se vê solitário, precisando de ajuda, necessitado de alguém do seu lado que dialogue com ele, interaja com seus pensamentos e compartilhe de suas idéias, sentimentos e atitudes variadas, outras vezes controversas, porém que têm algo de rico e profundo para apresentar às pessoas de seu entorno, cooperando com sua obtenção de qualidade de vida e excelência de experiências ótimas de trabalho e vida que só os cidadãos e cidadãs aposentados e pensionistas do INSS podem nos oferecer de imediato. Os velhos apesar de seus limites naturais ou de suas enfermidades incômodas querem participar do debate acerca dos problemas da sociedade, dar a sua opinião em questões políticas e partidárias, apresentar soluções e dar a melhor resposta que pode caber nesse momento, manifestar seu ponto de vista pessoal sobre os fenômenos da realidade cotidiana certos que podem outrossim colaborar para um mundo melhor e para uma humanidade mais feliz do que é hoje. Os velhos conscientes ou não querem participar. Interessa-lhes comungar com a melhoria de qualidade de vida das pessoas que se encontram do seu lado e em torno de seus espaços terminais e de seus tempos onde o limite é a sua lei.
7. Quando chega a depressão
Ao constatar que suas seguranças estão abaladas, um quadro vermelho de instabilidades sociais e familiares, psicológicas e emocionais, mentais e espirituais, invade sua vida de limitações plurais, ou então a irritação o persegue, fica nervoso constantemente, perde a cabeça muitas horas, briga com seus familiares, a ira sobe as escadarias de uma existência agora confusa e perturbada, a raiva de todos parece ser seu único caminho de ação, a cólera mergulha em seu corpo e sua alma, discute sem querer, solta palavrões um atrás do outro, o conflito se acostumou a ser sua trajetória de realidade mais autêntica, vive um dia a dia de problemas e dificuldades, desde então, o velho cai no fundo do poço do espírito, entra no abismo de um ambiente hostil e de contradições permanentes, deseja só ficar deitado e dormir eternamente, não possui forças para se levantar, não tem ânimo para reagir, passa a conviver com a depressão patológica, responsável por sua vida de altos e baixos, de quedas e subidas, de créditos e débitos, de ascensão e buraco mais fundo, o que lhe deixa triste e angustiado, sem energias para dar a volta por cima, carente de amor e isolado de todos, pois seus limites subiram a sua cabeça confusa e as fronteiras do tempo parecem lhe dizer que a morte ronda seus espaços de existência final. Anseia por morrer. Não quer mais saber de nada. Está cansado da vida e esgotado mentalmente. A Fadiga o deixa caido, e inicia o esquecimento de si mesmo e dos outros, já que sua memória está fraca e sua inteligência não funciona mais como deveria. Só quer dormir. Perde toda iniciativa. Não vê motivação para viver e existir. Parece vegetar. A Inconsciência o visita diariamente. Luta pela razão, ainda quer a lucidez, mas seus limites parecem mais fortes, a doença toma conta de sua natureza e a enfermidade o deixa no chão, caido na rua de casa, ou perdido em uma consciência que não mais faz a diferença entre as coisas. Quer a morte. Eis a sua íúnica estrada opcional nesses instantes de fronteiras indefinidas e de contornos indeterminados. Está à margem do último suspiro. A respiração fica frágil e só tem um anseio: a morte.
8. O Caos em pessoa
A partir do 60, 70 e 80 anos quando o idoso já aposentado, permanecendo ou não no mercado de trabalho, ou desenvolvendo atividades como estudos de informática, trabalhos na internet, participação em eventos esportivos, artísticos e musicais, ou vendo televisão em casa ou ouvindo rádio em seu apartamento, ou assumindo amores e romantismos com companheiras de sua idade, convivendo com as gerações mais novas em shows e espetáculos de dança, lazer e entretenimento, ele observa que, apesar de todas essas ações e atitudes, onde descansa ou não, ele constata, entende e reconhece que sua vida de cada dia, noite e madrugada virou um caos, as coisas não funcionam mais como antes, as ocupações desapareceram, os amigos se distanciaram, a família já começa a olhá-lo com outros olhos, os parentes o excluem de seu cotidiano na rua ou em seu lar, os conhecidos nem se lembram mais dele, e sua memória agora, fraca e debilitada, doente e frágil, parece não mais recordar a riqueza de suas experiências e a beleza do seu passado, a sábia prática de vida em que o saber das idéias e o poder de suas ações interferiam na vida das pessoas ou interviam para ajudar a resolver problemas da sociedade, solucionar dificuldades em sua existência pessoal e de grupo, social ou financeira, ou ainda bem administrar conflitos de uma cidade agressiva, violenta entre si, que faz da cultura da morte e de uma mentalidade do mal o sentido de seus ambientes hostis e a razão de seus contextos contraditórios onde reinam o desequilíbrio mental e emocional, a irracionalidade das consciências e a insensatez de quem não gosta da vida e vive a perseguir, incomodar e admoestar quem faz de sua realidade viva uma oportunidade para namorar e paquerar, trabalhar e articular atitudes em prol do progresso de suas comunidades fazendo evoluir suas inteligências na construção de boa saúde e bem-estar para todos e cada um. Diante desse caos interior de consequências externas, ele quase sempre perde a cabeça, adquire enfermidades terminais, seu colestoral negativo aumenta e o diabetes o faz um cidadão cansado, deprimido e problemático, tornando-se então um obstáculo para todos e uma barreira inquietante para os seus. Nessas horas depressivas, pensa na morte, enfrenta os desafios de uma velhice incontrolável, sofre com os preconceitos de seus familiares, vive a rejeição de quem deveria compreendê-lo e ajudá-lo a superar essa crise final de uma terceira idade de transtornos de todo tipo e cujo modelo de distúrbios agora frequentes estão a derrubá-lo frequentemente ao ponto de ao se deitar na cama, querer dormir para sempre, não mais desejar acordar. Caótico, o velho se esgota, cansa de viver e a fadiga é a sua única norma de vida cotidiana. Uma realidade crítica e dialética que só quem a experimenta sabe de seus infortúnios, aflições e desesperos, tristezas e angústias em jogo. O Velho quer morrer. Não atrapalhar mais a vida de ninguém. Não ser mais incômodo para as pessoas. Então precisa de orientação psicológica e espiritual para não afundar no fundo do poço. Que Deus o ajude. A Fé é importante nesses instantes derradeiros.
9. Em nome da Memória
A Lembrança do passado também é uma forma de viver a vida quando o cidadão ou cidadã da terceira idade recorda suas experiências positivas e negativas em sua trajetória cotidiana ao longo do tempo desde o nascimento até esses dias atuais ou suas práticas de cada dia, noite e madrugada otimistas e pessimistas refletindo tudo isso junto aos seus, contando-lhes histórias antigas, vivências interessantes e importantes maneiras com que soube encarar a vida diária convivendo com opostos, fazendo o bem e o mal, cultivando saberes, sentimentos e emoções ou agindo com violência em circunstâncias em que era necessária a agressividade, como ainda os momentos agradáveis e desagradáveis no trabalho e em casa, na paquera com as mulheres ou na construção de amizades sinceras ou de amigos que se foram e não voltam mais. É a hora da saudade. Saudade dos velhos tempos de criança e adolescência, dos namoros quentes e apaixonados da juventude e de uma maturidade cujo ápice é esses instantes de reflexão e compartilhamento com amigos, parentes e familiares. Hoje, ele vê a saúde indo embora, desaparecer os seus conhecidos, o amor não existe mais, e sexo é coisa que aposentado jamais viverá pois em condições terminais só lhe resta o silêncio dos justos, ou a sobriedade das pessoas direitas ou a transparência de quem viveu a vida com autenticidade, interagindo com todos, buscando o bem e realizando coisas boas com tudo e com todos. Tal recordação lhe faz bem, é um modo de passar o tempo saboreando virtudes elevadas e conteúdos de conhecimento de qualidade como garantia de bom exemplo para os mais jovens, oferecendo-lhes sua tradição de bons hábitos e costumes excelentes, riqueza de vida espiritual feita com profundidade, sinceridade e honestidade. “Olha, o velho tá indo embora. A gente se reencontra na eternidade”.
10. Problemas generalizados
Chegado esse tempo terminal o velho parece cabisbaixo porque ninguém liga para ele ou lhe dá atenção, a família o ignora e é desprezado por quase todos que se achegam a ele, ridicularizado muitas vezes diante dos filhos e netos, sofrendo o peso da idade e um mundo de dúvidas e incertezas que inquietam e desestabilizam seu coração cansado, sua mente esgotada e seu espírito fadigado, quando um complexto de transtornos invadem seu corpo e sua alma, distúrbios aumentam e se avolumam afligindo sua realidade interior, tirando-lhe o sossego e causando-lhe insatisfação emocional, fraqueza psicológica e carência afetiva e social, o que o faz se isolar do seu meio e mergulhar em um estado profundo de solidão e depressão tornando seu contexto de saúde abalado, desanimado e problemático. E eis que então apela aos deuses, se segura em tábuas de salvação, se agarra em mitos, ídolos e personagens da história a fim de que possam garantir-lhe a segurança pessoal, tranquilizar a sua alma e estabilizar a sua consciência cercada de um ambiente de hostilidades e contrariedades, desanimando-o perante o cotidiano, tornando-o um amigo da cama onde se atira diariamente em um sono fundo capaz de derrubá-lo se ele vacilar com seu instante de instabilidade física. Ora, nesses momentos de abismo espiritual, o idoso talvez se veja afundando no poço da existência, pois se encontra sozinho e sem quem lhe faça companhia ou lhe dê a cortesia constante de um abraço apertado e um beijo motivador. Sente a falta de alguém. Precisa de uma presença ao seu lado. Ocorre que nessa hora ele se segura na mão de Deus, sua única resposta para seus questionamentos permanentes, sua única solução para seus problemas, sua única saída de frente para tantas interrogações do dia a dia. Só sua fé em Alguém Superior torna sua realidade viva capaz de prosseguir na estrada e se entusiasmar novamente por um caminho de existência de qualidade de conteúdo material e espiritual. Pensando assim, dorme tranquilo, já que Deus é sua segurança, tranquilidade e estabilidade. Tal clima de situações finais faz-lhe um ser pacífico, calmo em sua alma e em repouso no corpo e no espírito. O Velho dorme em paz.
11. Problemas e Soluções
No dia a dia da família, junto a parentes, amigos e conhecidos, o cidadão ou cidadã da terceira idade sente o tempo passar, a vida mudar, o mundo se transformar, a sociedade voltar-se para coisas antigas ao mesmo tempo que avança à procura da modernidade, sustentando uma convivência social muitas vezes marcada pela violência e a maldade das pessoas ainda que a solidariedade impere quase sempre como alternativa de uma ordem feliz dentro do convívio humano. Olhando tudo isso, o velho vê os problemas a sua volta e busca respostas para tantas perguntas e soluções para inúmeras dificuldades, conflitos internos e contradições no meio em que vive com seus familiares. Doenças da terceira idade como o Mal de Parkinson, o Diabetes, o Colesterol Alto, a Doença de Alzheimer, o Tabagismo exacerbado, o Alcoolismo exagerado, Doenças Coronárias, Cânceres em geral, a Hipertensão Arterial, a Obesidade, o Sedentarismo, o AVC(Acidente Vascular Cerebral) são incômodos e inquietações que devem ser superados com um pouco de paciência, otimismo de vida, sorriso no rosto, alegria de viver, equilíbrio mental e emocional, bom-senso das coisas, fuga da rotina, um sono tranquilo, exercícios físicos como corrida e caminhada e ginástica, alimentação regular, saudável e sensata, lazer e entretenimento, ocupação da mente com trabalhos possíveis de fazer, orações a Deus, boas obras, o cultivo de uma vida fraterna e solidária, o respeito às pessoas, a atitude responsável perante os fatos, ações de justiça, ótimos conselhos para a juventude, enfim, toda uma série de resoluções fundamentais para a ultrapassagem de transtornos da consciência e distúrbios da experiência, assumindo então uma vivência de qualidade e de riqueza de conteúdo cultural, psicológico e espiritual, o que torna sua realidade problemática um pouco mais sustentável quando o bem que faz e a paz e a tranquilidade com que leva o seu cotidiano podem torná-lo uma pessoa agradável mesmo que alguns o considerem um chato e rabujento, nojento e mal educado. O que importa é que o idoso viva bem em si a sua vida, tenha a sua auto-estima elevada, esteja de bom astral, animado e entusiasta, motivando seu ambiente e incentivando seu contexto de existência diária e noturna a ser mais bonito de encarar, mais alegre e positivo, vivido com qualidade sustentável. Então, o velho se vê bem. Parece que algo melhorou com essa outra, nova e diferente visão da realidade. Mais calmo, segue o seu caminho.
12. O Instante Final
Nos últimos momentos terminais quando a doença já está complicada e generalizada, os problemas de saúde se multiplicam, a família não sabe mais o que fazer, os amigos e conhecidos se distanciam, então surge a hora da internação, e o hospital de emergência recebe o idoso e o leva logo para a UTI tendo em vista seu quadro imunológico estar alterado e enfraquecido, sua aparência é débil, e necessita imediatamente de soro fisiológico, remédios e injeções que ajudem a modificar para melhor aquela situação de dificuldades numerosas e contrariedades inquietantes. Ora, a tensão é grande e a pressão familiar questiona as mais avançadas tecnologias da medicina moderna ansiosa que está por ver um final positivo para esse cidadão ou cidadã cansado da vida, esgotado mentalmente e fadigado no corpo e na alma, no limite da existência temporal, uma história que tem a marca registrada da depressão patológica e distúrbios da consciência e problemas de razão e coração, transtornos no comportamento, no caráter instável e na personalidade trabalhada praticamente com a irracionalidade de uma inteligência sujeita às fronteiras doentias do tempo e submetida aos caprichos maléficos de um ambiente social muito preconceituoso com as pessoas da terceira idade. Internado, o velho vive seus dias terminais. A Morte está por perto querendo arrebatá-lo para junto de Deus a fim de que ele repouse para sempre de suas fadigas e trabalhos, empenhos e esforços por um mundo melhor, de suas atividades agora evaporadas, todavia que trazem a sabedoria da experiência de quem fez da vida um louvor a Deus, um caminho de bondade e compreensão, tolerância e paciência, concórdia e convergência. Então, a hora final. O Fim de uma realidade pessoal sujeita às condições da história mas que a partir de agora se joga e se abre aos braços do Criador, Autor da Vida, para que Ele abençôe esse sujeito de idade avançada, refém de enfermidades diversas, limitado na natureza e incluido entre aqueles que fazem do seu fim temporal a porta da liberdade, rumo à felicidade completa no paraiso da eternidade. Sim, são os minutos derradeiros de alguém que deu valor à vida e respeitou a ordem da natureza, foi disciplinado na sociedade e se organizou e se preparou para que esses últimos segundos de sua vida não o surpreendessem, e chegassem com a Carta do Céu dizendo-lhe o Senhor nosso Deus:”Seja bem-vindo à Casa de Deus. A Felicidade eterna o espera. Viva desde agora de bem com a vida e em paz com a sua consciência. Seus amigos e parentes querem festejar a sua presença entre nós.”
13. O Equilíbrio Vital
O ideal é que o idoso chegue aos 70, 80 anos com relativo equilíbrio e juizo de consciência. Entretanto, a realidade muitas vezes não é essa, visto que inúmeros casos de velhice apresentam tendências do desequilíbrio e insensatez, quando a irracionalidade supera a inteligência e a imaginação patológica substitui a mente sensata, o que caracteriza, como hoje sabemos, um dos fenômenos do Mal de Alzhieimer, onde a dificuldade de memória leva a pessoa da terceira idade a um certo estado vegetativo quando a sua consciência das coisas e o bom-senso da realidade sofrem abalos culminando com a perda quase total da racionalidade humana. Então, junto a essa desmemorização, ocorrem moléstias diversas e enfermidades variadas, o diabetes se eleva e o colesterol sobe, a hipertensão arterial assusta, e doenças diferentes começam a se manifestar no corpo do velho, ora carregado de problemas psicossociais, dificuldades financeiras e conflitos com a família, parentes e amigos. Falta-lhe o equilíbrio necessário. A Sensatez de quem está de bem com a vida e em paz com sua consciência. Problemático, o cidadão ou cidadã aposentado ou pensionista do INSS altera sua rotina diária, dorme excessivamente, a depressão bate a sua porta e males complicados parecem atingir suas funções orgânicas, a sua atividade celular e sanguínea, e seus órgãos e aparelhos do corpo se sentem debilitados por causa do baixo astral e da fraca auto-estima que ocupa a vida terminal dessa pessoa idosa. Ora, o velho talvez esteja perdendo o juizo. E se arrasta para tentar viver seus momentos finais. Sua bengala é a sua companheira fiel e a cova mais a frente a sua parceira de despedida desse mundo que não gosta dos velhos.
14. A Fé nos garante e segura
É admirável observar no idoso o que sua fé em Deus é capaz de realizar de positivo em sua vida de cada dia e de toda noite quando perante as adversidades e os contrários de sua existência cotidiana ele supera os obstáculos construidos por seus limites naturais e transcende as barreiras promovidas por suas fronteiras racionais e sentimentais, ultrapassando então o risco de doenças quase incuráveis, o perigo do diabetes e do colesterol alto, a turbulência gerada pelos conflitos com parentes, amigos e familiares, os transtornos mentais provocados pelos acontecimentos diários e os distúrbios de consciência determinados por suas crises morais e sociais, suas instabilidades ideológicas e psicológicas, suas inconstâncias no dormir, trabalhar e deitar novamente, e suas indefinições em suas práticas e atividades de lazer e entretenimento como jogar cartas de baralho, disputar xadrez com os colegas ou fazer uma partida de dominó para sair da rotina e enfrentar o dia a dia com mais alegria e cabeça no lugar, otimismo e um sorriso para as pessoas. Então, o velho costuma se aborrecer por causa de suas limitações físicas e mentais, se choca com os pontos de vista diferentes e contraditórios que lhe aparecem de vez em quando, e briga, e solta palavrões e xinga a mãe do outro como que querendo afastar de si na base do grito todas as suas depressões patológicas ou não, todos os seus traumas psicossociais e todas as frustrações que lhe perseguem momentaneamente uma vez ou outra. Assim, se segura em sua fé transcendente e se garante abraçando a mão de Deus, que o tranquiliza diante dos aborrecimentos, o acalma no corpo e na alma, o faz descansar com o sono dos justos e lhe dá o repouso vitorioso de quem fez da vida um louvor ao seu Senhor. Eis que o cidadão ou cidadã da terceira idade dorme em paz. A Paz que só Deus pode nos dar. Ele, a nossa Tábua de Salvação nas horas do aperto, nos instantes de risco e nos momentos de perigo. O Velho deste modo dorme sorrindo. E diz: ”Deus é bom. Estou em paz”.
15. Uma Velhice de qualidade
Que bom seria se os idosos tivessem uma terceira idade rica em conteúdo existencial, de qualidade de vida onde a sabedoria da experiência ditasse as regras do jogo de sua idade avançada, todavia os limites da natureza e as fronteiras psicológicas, as doenças que chegam e os transtornos mentais e os distúrbios físicos e biológicos que se fortalecem com a diabetes exagerada e o colesterol alto, a gravidade da hipertensão arterial e os perigos e os riscos da obesidade patológica, transformam sua prática de vida alienante e alienada da realidade excelente que deveria ser o seu comportamento social e familiar junto a parentes, amigos e conhecidos. Então na verdade se entrega à sua debilidade orgânica e fisiológica, moral e espiritual, e começa a agir como um “morto” que não quer nada com a vida, ignora os seus, se esquece da rua e de lá de fora de casa, e mergulha pois na depressão doentia, ao mesmo tempo que sonha com uma experiência de vida de qualidade embora o cotidiano lhe mostre o contrário, e sua estrutura corporal não consiga suportar as turbulências e violências de uma sociedade que não liga muito para eles e elas, aposentados e pensionistas do INSS. Ora, rejeitam o dia a dia, e vão dormir o sono dos justos, acreditando que Deus lhes é favorável, por isso ainda conseguem se levantar de suas quedas e continuar a vida de todos os dias, noites e madrugadas aparentemente pesados, contudo sabem que Deus os ama, respeita e valoriza por serem suas criaturas. Deus gosta dos idosos e idosas.
16. Quando manda a experiência...
Depois de uma vida de trabalho, desejos realizados e necessidades satisfeitas, de sonhos buscados e vivências consumadas, o idoso reconhece que sua experiência longa de atividades cumpridas e de compromissos e responsabilidades praticadas, o ajuda a viver bem a sua velhice, fazendo da sabedoria da experiência a chave da boa convivência com a família e o segredo da conquista de mais amigos na rua ou em casa. O fato é que sua larga jornada de tempo e serviço acumulou em si atitudes equilibradas, pensamentos sensatos, ações de juizo e comportamentos de bom-senso, que tornam seu dia a dia mais carregado de sábias execuções de tarefas quando é claro seus limites o permitem, sua natureza torna isso possível e suas definições de valores e princípios possibilitam um tempo final talvez mais interessante do que toda a caminhada até aqui e agora, pois esse é seu presente e então passa a vivê-lo com mais intensidade, dando importância a cada momento experimentado e a todo instante vivido. Com seus familiares, reparte suas tradições e repertório cultural, sua mentalidade cheia de boas conquistas e grandes realizações, uma mente rica em conteúdos culturais e cuja qualidade de vida ressalta seus empreendimentos conseguidos, suas respostas positivas a assuntos do cotidiano, seu otimismo perante os problemas, conflitos e dificuldades, sua alegria diante da tristeza a sua volta, quando é óbvio sua visão da realidade é positiva e seu ponto de vista abrace interpretações otimistas da história, tornando então seu tempo pleno de dignidade humana, onde seus direitos são respeitados e seus deveres e obrigações satisfeitos com coragem e determinação. Nessa idade dos mais velhos, a bengala o acompanha e a cova do cemitério é uma realidade que ele vê mais adiante, sem lutar contra o destino e favorecendo com resignação e paciência o que a vida lhe dá e lhe faz, sua realidade às vezes trágica, tenebrosa e dolorosa, todavia também inchada de boas coisas que só Deus pode lhe dar e apresentar, nesse tempo final que se chama a Idade do Fim. Sabe, porém, por sua fé que a vida continua e suas vivências e experiências boas ou más permanecem por toda a eternidade. Agora, espera em Deus, e quando a tranquilidade o permite, beija a vida com alegria mesmo que a tristeza, a solidão e a depressão ora continuem a bater frequentemente em sua porta de entrada e de saída. Graças a sua fé, se mantém em Deus e assim pode ter uma finalidade tranquila e uma morte repousante. Durma em paz, meu bom velhinho.
17. Uma Jornada de grandes realizações
A Vida ensinou para o bom velhinho que as vivências nos ajudam a bem viver o nosso cotidiano e as experiências acumuladas com o tempo são agora e aqui, nessa sua hora de conflitos internos, de dificuldades físicas e materiais e de problemas generalizados como afetando sua saúde psicológica e espiritual, um conforto para a alma e uma tranquilidade para o corpo, pois então pode ajeitar melhor sua realidade mental, compreender seus limites naturais e conviver bem com suas enfermidades específicas, trocando assim valores e princípios com outros, orientando-os no bom caminho das virtudes, da ética de qualidade e da espiritualidade natural onde sua fé em Deus aparece para sustentar sua velhice, garantir seus últimos instantes e fundamentar seu comportamento agora alterado pelas doenças, abalado pela realidade contraditória do cotidiano e bastante influenciado pelo conflito com as novas gerações, que questionam suas tradições culturais, sociais e familiares, o interrogam sobre sua mentalidade aparentemente ultrapassada e desatualizada, fazendo-lhe perguntas em cima de perguntas como a querer desestabilizá-lo existencialmente, visto que ele ainda vive um passado que para ele foi mais rico que o presente e de mais qualidade de conteúdo cultural, existencial e espiritual. Deseja pois ensinar aos mais novos, porém sofre com suas indagações questionadoras, preferindo então o silêncio que acalma, a neutralidade que o faz repousar e a indiferença que o tranquiliza apesar de uma realidade em seu entorno que exige dele participação social, compromisso coletivo e responsabilidade interpessoal. Todavia, escolhe a solidão de quem não quer atrapalhar, a depressão que o isola dos outros ou a atitude de quem não aspira por incomodar quem se acha na moda ou na era atual do descartável, das ações provisórias e das atitudes transitórias. Agora, tudo é rápido, a vida é veloz, e ele tem que se retirar dessa aceleração cotidiana, o que o faz excluido e ignorado por muitos que vivem essa “nova era”. Apesar disso, sabe de suas conquistas na vida, de suas realizações nessa gigantesca jornada do tempo e de suas satisfações com as mulheres que paquerou, da família que produziu e do trabalho que desempenhou e desenvolveu nessa larga e longa trajetória de vida cotidiana. Agora, repousa satisfeito ou não com suas atividades passadas e presentes. Contudo, sua fé o sustenta. A Experiência de vida o conduz. Sua maturidade o segura. E seu fundamento ora é uma vida tranquila e feliz junto aos seus. Apesar dos contrários. Que Deus pois ajude os mais velhos.
18. Dependência
Talvez seja a maior tristeza de um velho admitir e reconhecer que não pode mais fazer as coisas nem ir à rua ver os amigos e conversar com colegas de outrora, o que então o faz doente e cair na depressão pois torna-se uma pessoa dependente dos outros, um necessitado de ajuda alheia, precisando da família e dos amigos, e até de estranhos, para realizar seus desejos, conseguir suas tarefas quando não se entrega de vez ao sono rotineiro de todos os dias, noites e madrugadas, transformando-se em um peso para os demais, aliás é o que muitos acham. Quem sabe seja essa a sua maior angústia no final da vida, o tornar-se dependente dos seus, viver preso ao trabalho de outras pessoas, que muitas vezes não compreendem os seus limites naturais e as suas fronteiras mentais e psicológicas. Agora, o idoso resignado se joga nos braços alheios para o ajudarem a viver seus últimos dias, dependendo de seus esforços para praticar o que lhe agrada e satisfazer suas necessidades mais urgentes e realizar suas aspirações mais imediatas. E o cidadão ou cidadã da terceira idade sofre, padece com suas limitações naturais e biológicas, enfraquecido pelas doenças de última hora, debilitado pela incompreensão dos outros, que não entendem seus problemas, conflitos internos e dificuldades de existência. Então o bom velhinho reza porque sabe que Deus e sua fé o seguram e o tranquilizam e são sua únicasaída, seu caminho de salvação e libertação, perante uma natureza frágil, um corpo inquieto e cujas funções orgânicas quase que não funcionam mais. Padecendo uma série de enfermidades de todo tipo cai em depressão, pressionado interiormente e por quase todos os que o rodeiam. O sofrimento ora é seu parceiro de cama e companheiro de caminhada.
19. Primeiro, a minha tranquilidade
Depois de um tempo, cansado da vida e esgotado com este mundo de preocupações turbulentas e de contradições violentas, o idoso começa a jogar tudo para o alto, a ignorar o seu cotidiano que só lhe traz problemas, conflitos e dificuldades, a evitar seus parentes, amigos e familiares, a esquecer suas atividades do dia a dia, e toda sorte de contrariedades que acontecem quando em contato com a rua ou a família, preferindo então a sua tranquilidade interna e paz interior, descansar quase o dia todo, dormir sempre que possível, parecendo deprimido e triste com tantos transtornos a sua volta e inúmeros distúrbios e adversidades em seu entorno. Por isso, a partir de agora, escolhe o seu repouso espiritual e psicológico, levar desde então uma vida calma sem muitas ocupações, entregando-se a boa vida e ao vazio de uma experiência de aposentado ou pensionista do INSS, sem trabalho e emprego, pois agora quer “curtir” suas férias prolongadas de última hora, seus instantes finais com a sabedoria de sua vivência bem comportada de onde busca construir uma realidade de boas virtudes e ótima consciência, ora responsáveis por sua aparente tranquilidade, segurança de vida e estabilidade cotidiana, firme que está em sua fé em Deus e forte na continuidade de uma vida geradora de bons conselhos para os mais novos e grandes ações a favor de seus colegas da mesma idade terminal. Assim, em nome de sua segurança, tranquilidade e estabilidade, como disse, o velho abandona tudo e a todos, e passa a viver de maneira resignada e confortada suas práticas de vida de último instante. Então, pega a sua bengala, dá uma volta pela casa, dá um beijo na mulher e um abraço nos filhos e netos, e volta para o silêncio tranquilizante de seu quarto e cama onde repousa seu corpo cansado e sua alma fadigada e seu espírito esgotado. É hora de descansar.
20. Um clima de tensões constantes
A Experiência da terceira idade nos revela que muitas vezes o idoso ou a velhinha, o aposentado ou a pensionista do INSS, vive seus momentos derradeiros, instantes últimos e circunstâncias finais em clima de risco de vida ou sob o perigo de acidentes dentro e fora de casa, preocupações com a hora da morte e a insistência de doenças cardiovasculares, problemas de diabetes e colesterol intenso, o sedentarismo constante e a falta de exercícios físicos ou caminhadas, a ameaça do álcool ou da cerveja e do cigarro quem sabe, o Mal de Parkinson ou o Alzheimer, e outras enfermidades que surgem a cada situação vivida onde os conflitos com a família são quase eternos, as dificuldades de andar e o medo de cair e levar tombos parece deixá-lo inquieto e ansioso, aflito e desesperado, diante de alguma moléstia que possa lhe acontecer, ou seja, um complexo de problemas e turbulências tornam a vida do idoso um “estado de alerta” pois ameaçado parece pela violência das coisas e dos fatos do cotidiano, experimenta um ambiente de contradições a sua volta, que o faz alguns momentos silenciar, se entregar ao sono e dormir, tentando fugir desse esquema de contrariedades que o afligem e perturbam, o molestam e incomodam, e atrapalham o seu dia a dia já em crise existencial. Então o velho busca abrigo em seu interior, procura os seus, abraça o silêncio e procura habitar o reino da cama e o império do sono, a fim de tentar ignorar essas condições de vida que lhe são adversas, e tentam derrubá-lo em sua realidade terminal. Agora, pega a sua bengala e se deixa pensar o pensamento, preocupado com o seu fim, sabendo que a cova o espera e que a eternidade está perto de si. Eis pois que se lembra de Deus e sua fé renasce, se anima outra vez e começa a ficar tranquilo perante os acontecimentos indefinidos que surgem em seu entorno. Esse mundo de problemas e tensões, pressões de todos os lados, riscos e perigos doentios e patológicos, só têm sustentabilidade quando ele abraça sua fé em Deus e beija a vida com otimismo e sua experiência de bem conviver com os contrários da existência. Então o velho se tranquiliza.
21. Dificuldades e distrações
A Vida do Idoso quase sempre está entrelaçada por uma dialética existencial onde as diferenças convivem com entusiasmos, os problemas se conciliam com soluções imediatas, as doenças se aliam a uma saúde descartável, os conflitos são superados por momentos de lazer e instantes de distração, seja ouvindo o repórter ou uma música no rádio ou assistindo as novelas da televisão, ou até se conectando e acessando a rede internet, como muitos velhinhos fazem hoje em dia, apesar de seus limites psicológicos e físicos, das enfermidades que ora vêm e vão, das fronteiras entre o bem-estar em casa com parentes e amigos e as dificuldades de locomoção e de uma saúde abalada pelas moléstias da terceira idade principalmente o sedentarismo, o alcoolismo, o tabagismo, o diabetes alterado e o colesterol alto, a doença de Alzheimer e o Mal de Parkinson, distúrbios que ocorrem na fase final de uma vida de aposentado ou pensionista do INSS, transtornos que modificam para pior ou melhor a existência de um cidadão ou cidadã em seu derradeiro período terminal. Apesar dos contrários, o velho se distrai, busca alternativas de lazer dando um passeio na rua ou conversando com colegas no meio da praça ou no lar no aconchego da família quando “curte” a TV e seus programas preferidos de áudio. Assim a velhice parece uma verdadeira dialética vivencial onde os opostos convivem para quem sabe qualificar a vida do idoso ou melhorar sua situação de limites psico-sociais e suas fronteiras de cabeça que procura sempre o que é bom e o que lhe faz bem, como toda pessoa humana aspíra. Nesse processo dialético, a vida se faz e acontece, as pessoas se encontram, as relações se produzem e a existência, graças a Deus, pode ser vivida positivamente, com otimismo e equilíbrio, quando suas circunstâncias cotidianas o permitem. Nessas horas, parece que Deus dá uma mão ao idoso e torna sua vida aceitável por si e por quase todos os que o rodeiam. A Dialética da vida nos faz bem. E o idoso agradece.
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