segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O Movimento da Consciência

A Consciência em movimento
O Processo de articulação, abstração e apreensão do conhecimento verdadeiramente possível a partir de sua relação vital e necessária com a experiência real cotidiana

Tradicionalmente, afirma-se na filosofia que o conhecimento é o produto final da convergência entre pensamento e realidade, consciência e experiência, razão e real, inteligência e prática.
Permanece até hoje essa postura filosófica.
De novo, é a abordagem que diz que tal possibilidade viável em que resulta o conhecimento se faz ou acontece porque tanto a razão consciente e inteligente quanto a experiência real cotidiana, ambas, enfim, estão em movimento constante de construção desse conteúdo de conhecimento de qualidade para o qual contribuem certamente os fenômenos da consciência em si, de si e para si, tais como idéias, símbolos, imagens, sons, palavras, intenções ou interesses e vivências, e, igualmente, os fenômenos concretos ou ocorrências factuais ou acontecimentos reais, atuais, temporais e históricos, os quais, juntos e unidos, proporcionam, como disse acima, a matéria e o conteúdo de conhecimento de qualidade e excelência que nos fazem crescer e evoluir na vida em que vivemos.
É a consciência humana em movimento que se liga com a realidade também em movimento que propiciam então o conhecimento verdadeiramente possível, processo esse que chamamos de abstração ou apreensão, ou seja, a racionalidade humana consciente e inteligente busca ou retira da realidade cotidiana a matéria e o conteúdo de conhecimento, o sujeito e o objeto assim transformam-se em articulador e articulado respectivamente desse material cognoscente cujo conteúdo realmente é o que nos interessa.
Observa-se por conseguinte que essa teoria da abstração ou apreensão, onde sujeito e objeto se atraem, se desejam e se conhecem, ocorre quando consciência e realidade se encontram em movimento, em processo mesmo de construção desse conhecimento então apreendido e abstraido pelo sujeito em relação ao objeto cuja relação é vital e necessária para o produto final almejado, o conhecimento.
Com efeito, tal movimento articulador, abstraidor e apreendedor do conhecimento verdadeiramente possível reflete positivamente o relacionamento vital e necessário que deve existir entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.
Tal relação, interação e compartilhamento de atividades reais e exercícios mentais geram efetivamente o conhecimento desejado, operações essas responsáveis igualmente pela qualidade de conteúdo conseguido.
O conhecimento pois é resultado de um movimento e casamento realizado entre o sujeito ativo e o objeto passivo, em referência ao conteúdo do saber então obtido.

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